quinta-feira, junho 09, 2011

Ana Gomes, a postiça

"Eu própria pedi uma investigação ao PGR(...) sobre dois ministros do governo de Durão Barroso que fariam investidas em meios de prostituição, um deles até disfarçado de cabeleira postiça e recordo como o PGR rejeitou qualquer investigação."- Ana Gomes, citada pelo i.



Repare-se bem no que diz esta política, deputada ao parlamento Europeu, dirigente do PS e alvitradora de palpites avulsos no blog da causa nossa ( sem link porque não me apetece): pediu uma investigação ao PGR. Poderia ter pedido ao DIAP, fazendo a respectiva queixa-crime articulada com factos e sustentando as suspeitas esperando pelos resultados em segredo de justiça que exige sempre noutras circunstâncias. Não o fez. Apenas pediu ao PGR não se sabe bem o quê, a não ser que investigasse "dois ministros de Durão Barroso". O importante, para Ana Gomes era serem ministros e principalmente de Durão Barroso. Sobre os ministros de Guterres, mormente o do Trabalho e Solidariedade nunca lhe ocorreu tal coisa porque até predisse que viria a ser primeiro-ministro, apesar de acusações concretas sobre comportamentos de índole pedófila que nunca se provaram mas nem os acusadores foram condenados por tal.


Sobre os tais dois ministros de Durão Barroso qual o corpo de delito apontado para a investigação? "Prostituição". Envolvimento em "meios de prostituição", coisa horrorosa denunciada pelo Le Point francês através da intervenção corajosa do jornalista Rui Araújo. Resta saber como e porquê. Que ligações espúrias tal permitiu e ditou. Ou seja, saber se houve cabala a sério. Que factos sustentaram a notícia e que fundamentos a revista aceitou como válidos para a publicação. O tal Rui Araújo poderia ter publicado o mesmo em Portugal? Poder, podia mas...não seria a mesma coisa.



Porém, antes disso, como não há crime punível por essa prática não se sabe o que iria investigar o PGR. Mas Ana Gomes não desiste e ainda hoje acha que foi uma vil manobra de encobrimento não se ter investigado o estranho caso da "prostituição com cabeleira postiça".
É por isso uma indignação postiça em que se pretende abertamente imiscuir o poder judiciário em matérias de política. Mas selectiva. Sempre que se trate de imiscuir o poder político de partidos ditos de "direita" aparece Ana Gomes a "dar a cara" e a exigir a promiscuidade no meio. Sem qualquer pudor porque a esquerda de Ana Gomes não tem estados de alma para isso.

Questuber! Mais um escândalo!