terça-feira, junho 21, 2011

António Galamba sem tacho

lisboa, 21 jun (Lusa) - O governador civil de Lisboa pediu hoje a demissão ao Governo, que anunciou a extinção dos Governos Civis, e considerou que o fim desta instituição irá afectar os bombeiros, forças de segurança e, consequentemente, os cidadãos.

António Galamba publicou hoje no seu Facebook a carta através da qual pediu ao novo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, a sua demissão do cargo, considerando que o cargo de governador civil "é um cargo de confiança política e de representação do governo".

António Galamba em 2004 teve esta atitude pública, na Assembleia da República:

"Requerimento nº
de 24 de Junho de 2004

Assunto: Estado já gastou 160 milhões de euros em consultadoria para privatizar a GALP?

Apresentado por : Deputado António Galamba (PS)

Segundo o jornal Público , “ A Parpública está a pagar ao escritório de advogados de José Miguel Júdice um milhão de euros de honorários por cada duas semanas de serviços prestados à "holding" estatal nesta fase de intermediação da venda de, pelo menos, 33,34 por cento do capital da Galpenergia. Este não é, no entanto, o único custo de consultoria para o erário público para fazer com que a Galpenergia volte para as mãos de accionistas privados. Nos últimos quatro anos, segundo cálculos recolhidos pelo PÚBLICO, o Estado despendeu cerca de 160 milhões de euros para, em primeiro lugar, manter um núcleo privado de referência na Galpenergia, com decisões algumas delas controversas e, agora, para o transferir para outras mãos privadas. "(...)

1)está o XV Governo Constitucional em condições de confirmar que a Parpública está a pagar ao escritório de advogados de José Miguel Júdice um milhão de euros de honorários por cada duas semanas de serviços prestados à "holding" estatal nesta fase de intermediação da venda de, pelo menos, 33,34 por cento do capital da Galpenergia ?

2)em caso afirmativo, desde quando está o Estado a pagar esses honorários ?

Pergunta-se agora: António Galamba alguma vez foi devidamente informado sobre o que pretendia saber ou deu-se por satisfeito com a manobra política de chicana parlamentar?
É que se não soube ainda vai a tempo de voltar a insistir...agora que o governo mudou de mãos.

Questuber! Mais um escândalo!