Esta capa de hoje do jornal Público não é o que parece. É um grito abafado de desespero por causa da "direita" estar "beira da maioria absoluta" para desgraça da direcção do jornal.
Em baixo à esquerda, uma chamada de atenção de primeira página para as duas páginas interiores sobre "Silva Pais" uma espécie de ogre do fassismo que não tem direito a honra póstuma porque foi dirigente da PIDE/DGS ( apresentado como "último director da Pide"quando esta polícia política já se chamava DGS). Este revisionismo histórico continua vivo no Público.
A narrativa conveniente e politicamente correcta corre o risco de sofrer um pequeno desbaste com a acção judicial em curso, na qual os familiares do falecido director da polícia política entendem que não deve ser publicitado como se de facto corriqueiro se tratasse que o seu familiar foi co-autor moral da morte de Humberto Delgado.
Em baixo à esquerda, uma chamada de atenção de primeira página para as duas páginas interiores sobre "Silva Pais" uma espécie de ogre do fassismo que não tem direito a honra póstuma porque foi dirigente da PIDE/DGS ( apresentado como "último director da Pide"quando esta polícia política já se chamava DGS). Este revisionismo histórico continua vivo no Público.
A narrativa conveniente e politicamente correcta corre o risco de sofrer um pequeno desbaste com a acção judicial em curso, na qual os familiares do falecido director da polícia política entendem que não deve ser publicitado como se de facto corriqueiro se tratasse que o seu familiar foi co-autor moral da morte de Humberto Delgado.
7 comentários:
Humberto Delgado foi um dos fundadores do Grupo dos Amigos de Olivença e dirigente desta associação.
Foi atraído a Olivença e assassinado na propriedade de Los Almerines, próximo da ribeira de Olivença, o verdadeiro limite jurídico entre Portugal e Espanha.
O assassino de Humberto Delgado teve, até à morte, protecção do Estado espanhol, para não dizer também do actual regime português que nada fez para julgar Rosa Casaco.
Nem o famoso garçon de Madrid, sempre disposto a servir os interesses de Madrid, que forjou uma aura de justiceiro, nada fez para que Rosa Casaco fosse julgado... ainda que tal lhe tivesse sido sugerido uma vez que veio a Lisboa passear o seu amor-próprio.
Interessa a muita gente dizer que quem mandou matar Humberto Delgado foi a PIDE... É uma verdade muito conveniente, para alguns...
Os vários interesses espanhóis no assassinato de Humberto Delgado são sempre esquecidos ou ocultados...
Essa distinção bizantina entre PIDE e DGS é interessante tomando em consideração que o Major Silva Pais era o director de ambas (ou da mesma?) desde 1962.
Não é bizantina. É apenas rigorosa. Quem chama sempre PIDE são aqueles para quem a KGB nem sempre o foi.
Pela tua lógica a KGB nem sempre o foi: Tchecka, GPU, NKVD, etc. Pelos vistos coisas diferentes...mas iguais.
Precisely.Diferentes e iguais mas cujo rigor designativo merece atenção. E quem chama Tcheka ao KGV vive nas ideias antigas que designam realidades novas.
conheci na maçonaria um oficial que estava colocado no tribunal militar e teve acesso ao processo Delgado. era socialista. tinha um dossier do mesmo. verificou mais tarde que desapareceram documentos comprometedores para certos dirigentes socialistas.
em 1949 conheci a mulher do filho de Sidónio. era neta do Marechal Gomes da Costa. tinha uma capelista em Sta Marta.
"verificou mais tarde que desapareceram documentos comprometedores para certos dirigentes socialistas."
O costume.
Hábitos que ainda hoje se mantêm...
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