sexta-feira, junho 10, 2011

Deus distraiu-se dos portugueses. E vice-versa

Este pequeno texto que aqui fica é uma carta de um espanhol escrita a um hipotético leitor português, em que o castelhano nos mostra um espelho do que éramos e no que nos tornámos. A carta foi publicada pelo Expresso há mais de vinte anos, segundo suponho porque não apontei datas.
É ler, clicando, e perceber como é que os espanhóis nos viam e porventura vêem. Em 1973 nenhum espanhol teria o topete de nos escrever e descrever deste modo. Nenhum. Porque se o fizesse...coño, que engoliria todas as letras uma por uma, com argumentos de peso e substância para os colocar no seu devido lugar.
Uma dúzia de anos depois disso, o espanhol não só tinha toda a razão como o leitor português ficaria envergonhado em ler o seu próprio retrato mostrado por um castelhano atrevido e condescendente.

Este discurso não é entendível pela Esquerda portuguesa. A Esquerda que nos conduziu até onde nos encontramos, quero dizer. Foram os valores de Esquerda disseminados na Constituição, na organização social, na praxis política e nas pessoas que mandam nos media quem nos tramou o futuro, há mais de trinta anos.

Questuber! Mais um escândalo!