Medina Carreira, na RTPN está a dizer que a nova ministra da Justiça é pessoa capaz e que as reformas da Justiça não podem passar sem a colaboração de quem trabalha no sector: os advogados, os funcionários ( chefes de secretaria), os juízes e ministério público ( mas não os dos sindicatos).
Estou plenamente de acordo. O problema é saber com quem falar...e por isso adianto uma opinião: deve falar-se com quem está no terreno mas de modo completamente informal. Não se podem marcar reuniões para o efeito porque se for assim não se conseguirá o objectivo que é perceber realmente como as coisas (não) funcionam.
Isto é o mero senso comum a funcionar. Se alguém do novo ministério quiser perceber os problemas reais ( não os imaginados) e quiser obter soluções para certos tribunais, devem falar com quem está lá a trabalhar. Mas que o façam de modo discreto, rápido e eficiente, com números, ideias concretas e reflexão sobre os meios e objectivos. Pela minha parte já o tentei.. e sei que nos próprios tribunais as pessoas não sabem o que se passa nem conseguem dizer como se resolvem os problemas de atrasos e de mau funcionamento.
Se os próprios não sabem exactamente o que se passa no gabinete ao lado, como é que alguém sem experiência pode apresentar soluções correctas?
Estou plenamente de acordo. O problema é saber com quem falar...e por isso adianto uma opinião: deve falar-se com quem está no terreno mas de modo completamente informal. Não se podem marcar reuniões para o efeito porque se for assim não se conseguirá o objectivo que é perceber realmente como as coisas (não) funcionam.
Isto é o mero senso comum a funcionar. Se alguém do novo ministério quiser perceber os problemas reais ( não os imaginados) e quiser obter soluções para certos tribunais, devem falar com quem está lá a trabalhar. Mas que o façam de modo discreto, rápido e eficiente, com números, ideias concretas e reflexão sobre os meios e objectivos. Pela minha parte já o tentei.. e sei que nos próprios tribunais as pessoas não sabem o que se passa nem conseguem dizer como se resolvem os problemas de atrasos e de mau funcionamento.
Se os próprios não sabem exactamente o que se passa no gabinete ao lado, como é que alguém sem experiência pode apresentar soluções correctas?
20 comentários:
Este post é intrigante. Por um lado não se deve marcar reuniões. Fala-se com as pessoas en passant talvez na paragem do autocarro ou do metro. Depois se os próprios não sabem o que se passa para quê falar com eles?
O melhor ainda é reduzir tudo a Comarconas sem dar cavaco ao povo.
Wegie:
Vai por mim. As reuniões serão necessárias depois. Antes são contraproducentes. E julgo que estou certo, neste aspecto porque tenho assistido a reuniões que são infrutíferas.
O que se trata aqui é perceber as razões concretas pelas quais os processos se acumulam nas prateleiras das secretarias e nos gabinetes de magistrados.
E ninguém, mas mesmo ninguém vai dizer as razões concretas em reuniões.
Ninguém.
O restaurante que falavam no post anterior não será o Chapitô?
E não o diz porque não saberá concretamente.
Se um magistrado tem mais de mil processos num gabinete como é que vai explicar os que despacha e os que não despacha?
E se herdou essa pesada herança como é que vai justificar não a liquidar como é sua obrigação?
Um juiz ( e é deles que falo) é obrigado por várias razões a fazer despachos longos e que demoram horas a fazer. E não devia ser preciso. Só o fazem por medo dos inspectores.
Nenhum juiz vai admitir uma coisa destas, mas é a verdade.
Esse é um segredo que a Zazie não quer revelar.
Mas Oh JC, também andas à caça de estagiárias?
Eu não, nem sou de Lisboa.
Mas tive de lá ir não há muito tempo e por acaso fui almoçar a esse tal espaço, onde me apercebi que almoçam muitos auditore(a)s
JC,
Não! nunca, jamais. Não tenho nada a ver com o Chapitô. phónix!
Não é um restaurante. Foram umas senhoras que apareceram em Outubro a explorar um mino bar.
Aos anos que aquilo existia e nunca tinha havido ninguém a saber cozinhar.
Estas cozinham tão bem, de tal modo divinal e barato, que conseguiram tirar clientes aos restaurantes da zona e ter lá o CEJ em fila para almoçar.
Prontos. Mas não me misturem com palhaças.
":O)))))))
E como me pareceu que a Zazie disse ser artista (se calhar posso ter percebido mal, e desde já peço desculpa), somei dois mais dois.
V.s os gajos andam sempre com calores... c'um caraças. Não me digam que nas vossas terras não há mulheres e que precisam de vir a Lisboa almoçar para tirarem a barriga de misérias.
":OP
E pelos vistos somei mal...
Não, também não sou artista e somavas logicamente bem. Mas eu ando aqui como zazie e apenas por isso não quero devassas.
José,
Pois eu não sei se há juizes a menos como alguns defendem ou a mais como outros tantos afirmam. E não sei também se a Paulinha vai dar conta do recado. É um assunto muito nebuloso no qual ninguém parece ter ideias brilhantes.
A zazie é pessoa que conheço. E que atesto ser pessoa de bem.
Como por aqui se denota, apesar de alguns mal-entendidos por vezes, com aqueles que julgam que é fácil vir à lã...
Há juizes a menos para o trabalho que existe. Mas com um esforço de dois ou três anos através de task forces resolvia-se o problema.
A questão é saber se há juizes para o efeito.
Os jubilados há uns anos prestaram-se a tal mas foram só dois ( Herculano Lima e José Martins da Costa, dois dos melhores magistrados que conheci).
No entanto, nos sítios onde estiveram e que estavam afundados de serviço atrasado, puseram tudo em dia.
Foi incrível ver como o fizeram de modo aparentemente fácil.E com maestria.
Ora finalmente uma ideia útil essa das task forces de juizes mais experientes.
não confundo justiça
com magistratura.
para mim os juizes deviam ter prazos e deixar de andar à solta.
por falar de mais ficamos com a ideia de burricada aos coices
A Divina Comida
ahahahahaha
És completamente maluco.
":O)))))))
Sou uma autêntica "víbora lúbrica" como o Pravda dos anos 50 apelidava os inimigos do regime.
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