terça-feira, junho 14, 2011

O homem que lixou um país inteiro

O homem que lixou um país inteiro perdeu hoje três referendos: sobre a energia nuclear, sobre a privatização das águas e sobre a imunidade prática em responder criminalmente.

Por cá também temos um homem que lixou um país inteiro. Vai ficar impune?

Se fosse por cá, o PGR teria feito queixa da capa da Economist, ao DIAP?

11 comentários:

Mani Pulite disse...

SCREWED TEM MAIS A VER COM A ACTIVIDADE FÁLICA DO QUE COM A RECOLHA DO LIXO.O BERLUSCONA FODEU A ITÁLIA TAL COMO O SÓCRETINO E RESPECTIVO GANGUE FODERAM 10 MILHÕES DE PORTUGUESES.CHEGOU A HORA DE LHES PAGAR DE VOLTA COM JUROS.SCREW THEM ALL NOW!PS-O MONTADO SÓ SE PREOCUPA AGORA COM AS AGÊNCIAS DE RATING E A TROVOADA QUE LHE HÁ-DE CAIR EM CIMA.

Floribundus disse...

o rectângulo continua a ser a pocilga dos ratos e ratas.

metade contribui
a outra recebe

a grande maioria continua convencida que o regabofe 'cão-tinua'

os fernandinhos vivem candida-mente a sua vida

zazie disse...

Pois então vá aos Blasfémias e veja o que os nossos morcões neotontos dizem acerca da derrota.

Dizem que quem perdeu foram os idiotas dos italianos. Tudo por causa da boa da nuclear que é tão cândida que até as ovelhinhas gostam de pastar em redor das centrais.

A sério. O José interrompa por uns tempos o combate aos derrotados e vá mordendo a cambada que se vai querer infiltrar com esta maioria.

Eu não sei não. Mas ainda gostava que me explicassem a propósito de quê o Passos Coelho precisou de fazer deputado um desconhecido de um ateu militante que nem do partido era.

zazie disse...

Ou então é defeito de excesso de crítica da minha parte.

Mas verdade que não percebi aquele seu post com a "definição de liberalismo" dada pela anedota do anãozinho conselheiro cavaquista.

E, ainda menos, que raio tem isso a ver com a "necessidade de mudança de paradigma".

josé disse...

Trabalhar poupar e investir não é treta neoliberal.

E portanto a dicotomia faz-se entre uma esquerda que o não é mas jura ser e uma direita que não sendo quer à viva força parecê-lo.

O paradigma é outro e conto arranjar mais ideias e exemplos para o mostrar.

zazie disse...

Claro. Mas, por favor, para dizer que é preciso poupar, investir e trabalhar não é preciso ir buscar um mentor do liberalismo.

Para começar, eles negam logo o planeamento do investimento- isso é facismo- o Estado não tem de ter intervenção em nada e muito menos juntamente com os investidores. O mercado e a mãozinha invisível existem precisamente para evitar essas preocupações.

Depois, investir depende em quê- se tiver algo a ver com agricultura e pescas, por exemplo- não há liberal que não esperneio porque isso é outra coisa dispensável e que não conta para o PIB.

E quanto a trabalhar, o mesmo- o mundo deles é feito para atlas de investimento e terraplanagem em nºs. Não há gente dentro disso-

Trabalho só se for de patrão- porque emprego é outra coisa facista e inútil já que o que importa é facilidade em usar e deitar fora e ir fazer mais dinheiro onde ainda se consiga mão-de-obra mais barata.

zazie disse...

Pronto, não quero ser mazinha. Mas poupar então é que nunca um neotonto defenderia.

A poupança não rende juros e o mundo deles é o mundo da usura sem necessidade de poupança. À conta disse acontecem as bolhas, né....

Eles agora falam em poupança mas do Estado. E isso é óbvio que é necessário. Mas vamos a ver quem vai pagar essa poupança.

Cá pra mim vão pagá-la os que nem vão poder poupar nada porque vão ficar de tanga. Aos outros nunca nada toca.

josé disse...

A ideia que Espada defende é a do liberalismo tout court, neste caso. A ideia da "mão invisível" é a essência desse liberalismo em que a liberdade individual se aproxima perigosamente do libertarismo.

Ora não é isso que defendo como paradigma. Já o disse antes: o Estado deveria intervir o menos possível na economia. Mas deve intervir por vezes para defesa do consumidor e outras para disciplina da produção ou normalização de um comércio desordenado. Ou para facilitar crédito ao "fomento" que "não pode ser dispensado sem se saber como nem porquê. E sempre para dotar o país daqueles elementos básicos, a que se chama agora infra-estruturas, sem os quais não é possível instalar as unidades produtivas em condições satisfatórias e assegurar a fácil circulação das pessoas e dos bens".

Citei Marcello Caetano. Que estava muito longe do liberalismo mas não era estatista colectivista.

zazie disse...

Eu sei e estou em total sintonia com o José.

Apenas engalinhei com o artigo do Espada por outro motivo.

Eu e o José e mais umas tantas pessoas aqui na blogo, como por exemplo, o JRF ou o Ricciardi e o Dragão, não entramos em paranóia com o exemplo do Caetano, concordamos todos que a esquerda é a causa da nossa desgraça e também não temos qualquer mania de defesa dessa coisa que nem é nada e que dá pelo nome de Estado- acho que para todos o que diz mais é a Nação e a Pátria.

Mas, pode haver uma confusão que começo a notar até no emprego e junto de outras pessoas, por mimetismo- por ruído ou por mero efeito de força das palavras que é confundir-se a óbvia necessidade de restaurar uma economia fora da patorra estatal (liberalizar, portanto e não só economia- eu defendo liberalização de muito mais coisas como o ensino, por exemplo) com essa coisa de liberalismo.

E é claro que isso pode ser perigoso porque um diz respeito a questões práticas que existem desde que existe troca de mercadorias e capacidade humana de fazer, criar e inventar, e outra existe por cartilha e tem dogmas muito perigosos.

E o Espada é um cartilheiro de importação- faz parte do retrato que o Dragão anda a dedicar aos "estrangeirados".

Ora se a escardalhada já metia medo com o perigo da "direita" e esta já era "liberalismo". Imagine-se o que é dizer-se que sim- que vamos fazer essas patifarias todas apenas para liberalizar o que nunca devia ter deixado de o ser.

zazie disse...

E a ideia de que tudo é mercado e que esse mercado é a tal relação anódina de satisfação do cliente e equilíbrio por mão invisível, de acordo com regras absolutas de oferta e procura é uma gigantesca patranha que já provocou danos suficientes para não se lhes dar trela.

rita disse...

luzinha (de vela) http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=18252

A obscenidade do jornalismo televisivo