
Ao traduzir um título de J.G. Ballard - "Why i want to fuck Ronald Reagan"-aponta-lhe o lado "pedagogicamente sugestivo" e afinfa-lhe com o verbo "pinar" em vez de "foder".
Confesso que foi a primeira vez que vi escrito em letra de imprensa o verbo "pinar", dicionarizado como vulgarização de praticar o coito. Ao ler, parei, escutei o termo e olhei outra vez. "Pinar Ronald Reagan"? Mas quem raio quereria uma coisa dessas? J.G. Ballard, um modelo de cidadão pacato e honesto? Fui ler. A neve caía. Branca e leve; branca, e fria. E que saudades, Deus meu!
Saudades de uma cultura sólida nas artes e letras. No conhecimento linguístico e na semântica mais intensa para nos devolver imagens e ideias por fazer. Debalde! Só apanhamos (o)pinantes de fim-de-semana.