terça-feira, outubro 25, 2011

A história da Bíblia para totós

O jornalista da RTP, José Rodrigues dos Santos, com o aproximar do Natal fica à espera da prenda no sapatinho que nos últimos anos tem sido os rendimentos que aufere pela venda de livros de supermercado. "Romances" cujo destino é o olvido seguro de quem os não lê e oferece para leitura ligeira a quem a tal se presta.

Este ano o tema é de tomo: a génese da Bíblia e a interpretação dos seus textos. Não em modo de ficção, mas com pura pretensão de romance histórico com fontes secretas. JRS não relega créditos para mãos alheias e enreda o romance numa série de aldrabices, ainda por cima todas copiadas, segundo o biblista Tolentino que também escreve em jornais. O chorrilho de disparates será tanto que o biblista escreve que "a quantidade de incorrecções produzidas em apenas três linhas, que o autor dedica a falar da tradução que usa, são esclarecedoras quanto à indigência do seu estado de arte”.

Rodrigues dos Santos, apresentador de telejornais, pelos vistos não poupa na prosápia: já disse que o biblista não desmente um único facto...e por isso mesmo conta com as vendas nos supermercados para arredondar a conta no banco neste Natal. Para o próximo, sem subsídios, o livro de ocasião poderia ser sobre as aventuras dos jornalistas de informação da RTP para conseguirem ganhar em suplementos mais que o presidente da República ganha em salário.
É que o mistério para tal é maior que o dos manuscritos de Qunran.

9 comentários:

joserui disse...

Hehe... -- JRF

zazie disse...

ehehehe

Também li e parece anedota.

zazie disse...

E grande boca, a do José.

Wegie disse...

Publicidade notável à literatura de aeroporto! Deves ter as meninges inflamadas.

Floribundus disse...

admiro a indigência intelectual deste e doutros leitores de textos.

os tiques também são de mau gosto.

não tenciono ler nem que me pague

hajapachorra disse...

Se um caramelo qualquer aparece a fazer de médico ou de padre sem o ser, os jornalistas e o povinho rasgam as vestes e o fabiano vai dentro ou pelo menos é tratado abaixo de arguido. Ora se é certo um autor de poias romanescas causa mais danos que falsos sacerdotes, como pode escapar sem qualquer incómodo tão notório aldrabão? Os juristas a bordo não descortinam uma esquina onde o morcão possa estampar o trombil?

hajapachorra disse...

Ora se é certo que...

josé disse...

É muito simples: os autores de poias romanescas passam por aquilo que não são, mas só enganam papalvos porque se apresentam tal como são.
Os falsos médicos ou padres também passam por aquilo que não são, mas enganam a generalidade porque não se apresentam tal como são.

hajapachorra disse...

Não, a semelhança é total: os falsos padres e falsos médicos só enganm papalvos, os falsos romancistas sói enganam papalvos. A diferença é outra: os primeiros são acusados de usurpação de funções, os segundos colhem os réditos e compram montes alentejanos.

O Público activista e relapso