terça-feira, outubro 25, 2011

Notícias da sociedade lusa de jacobinos e a casta de Vital Moreira


No Público de hoje citam-se vários intervenientes no espaço mediático a propósito da renúncia ao subsídio de alojamento de governantes, com o exemplo de Miguel Macedo ministro da Administração Interna.

Num blog que deixei de frequentar por repelência ao jacobinismo atávico e sectário, escreve-se que "Naturalmente, num país civilizado, este já não brincava mais aos polícias e ladrões. Ia para casa brincar com soldadinhos de chumbo". Isto a propósito da renúncia a um subsídio que apesar de relativamente escandaloso, no contexto actual, é perfeitamente legal.
Quantos casos bem piores que este e mais escandalosos que este atingiram o governo anterior do Inenarrável José Sócrates? Sem conta. Mas sem referência nos locais jacobinos perto de nós.

Ainda agora, escreve-se no mesmo Público que o deputado Ricardo Rodrigues acabou de ser escolhido por eleição na A.R. para integrar uma estrutura directiva do CEJ e o sindicato do MºPº apodou tal escolha de indigna por recair num indivíduo acusado e prestes a ser julgado por crime de atentado à liberdade de imprensa.
O escândalo relativamente a este indivíduo é ainda maior que isso. Fugido dos Açores por motivos politicamente obscuros e alvo de suspeitas em casos de índole criminal, livrou-se de acusações mas acabou a ser julgado por actuações indignas e criminosas, como deputado. Ainda assim foi sempre protegido no grupo parlamentar do PS e nunca teve vergonha suficiente para se afastar e mostrar na prática o que significa a responsabilidade política. Foi membro do CSMP e agora é membro do grupo de gestão da escola de formação de magistrados.
Pois nem isso basta para o recambiarem ao olvido comum.

Mais no fim do jornal a crónica de Vital Moreira soa a finados. O jacobino-mor da república, apóstata do comunismo, aproveitador de benesses em empresas públicas ( foi membro do conselho geral de supervisão de uma das cinco irmãs, a EDP) escreve o testamento final dos seus artigos no Público, depois de 13 anos a batalhar por causas. A direcção do jornal cortou-lhe a colecta, malgré lui. É pena, escrevo eu que leio sempre o que o jacobino escreve, porque o faz com elevada categoria intelectual, apesar de portentoso na aldrabice conceptual.
Diz agora que nas centenas de artigos escritos sempre defendeu uma "concepção republicana da democracia" ( ou seja, o jacobinismo puro) e baseada, além do mais " na probidade e virtude dos responsáveis políticos".
Que não haja qualquer dúvida sobre isto...porque no caso da licenciatura de José Sócrates e nas sucessivas histórias sobre as suspeitas mais que credíveis sobre a dignidade de comportamento pessoal, politicamente insustentável, Vital não se demarcou, não denunciou a farsa e colaborou na mesma, apesar de saber muitíssimo bem que a Independente era "uma espécie de universidade" com escreveu em 2007 e que os casos que surgiram ao longo dos anos eram de natureza politicamente mortal, para a tal probidade e virtude, seja de quem for.
Portanto, temos um jacobino duplicado em hipocrisia e que, afirma agora, se "constituiu em azorrague de todos os corporativismos e grupos de interesse organizados contra o interesse público."
Que não haja também qualquer dúvida nisso! O facto de ter sido membro de várias "boards" de administração de empresas públicas, ter recolhido apoios monetários ou em espécie para as suas associações privadas sem fins lucrativos e defender sempre o poder burocrático político-partidário constitui Vital Moreira no melhor exemplo de casta que podemos ter na tal democracia republicana.
Vital Moreira não é de nenhuma corporação e por isso as fustiga com o seu azorrague feito de palavras soltas. Vital é o melhor exemplo de indivíduo de casta. Entre corporações e castas, venha o diabo e escolha... e por isso apetece malhar, como dizia outro jacobino notório.

2 comentários:

JC disse...

Este é mais um embuste, entre tanto outros que por aí pululam.

Muitos deles dotados de notável craveira intelectual, alegadamente defensores das liberdades e da onda dos amanhãs a cantar.

Mas mesmo assim, e por cause, refinados embustes.

PQP!

hajapachorra disse...

Este traumatizado de guerra nem jacobino é. A sua especialidade passa mais pelo surf, está sempre dentro do tubo, ou do supertubo. A bandeira vermelha ou um avental são adereços de ofídio traiçoeiro.

O Público activista e relapso