terça-feira, abril 03, 2012

Este já tira o cavalinho da chuva.

Expresso:

O ex-presidente da Parque Escolar, João Miguel Sintra Nunes, neste momento a ser ouvido na comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, garante que tudo o foi feito "teve o aval do Ministério das Finanças".

O caso Parque Escolar surgiu depois de o Tribunal de Contas ter detetado despesas e pagamentos ilegais no montante de cerca de 500 milhões de euros relativos a 34 contratos da empresa não submetidos a visto.

As despesas e os contratos foram realizados nos anteriores governos liderados por José Sócrates.

As Finanças agora são o equivalente ao tribunal de Contas e a ilegalidade denunciada fica ressalvada pelo tal aval. Quem o deu? O ministro em pessoa? E que tipo de aval? Sobre as tais ilegalidades?

É caso para investigação e responsabilização pessoal por actos lesivos do interesse público. Estes gestores são sempre os melhores do mundo até se descobrirem estas coisas. De repente deixam de ter responsabilidade que passa para outros mais acima, políticos cuja responsabilização está proibida pelos costumes politicamente correctos de impedir a "judicialização da política". Esses gestores de truz, claro, só cumpriram ordens e nem sabiam o que andavam a fazer.

De repente apresentam-se como inimputáveis quando antes eram os maiores gestores que poderia haver. E por isso ganhavam o que entendiam como merecido. Era vê-los nos carros escuros de marca alemã, sempre engravatados para a função...de irresponsáveis.
Que miséria de país!



7 comentários:

Floribundus disse...

cheira a negócio bastante salgado,
daqueles em que até o ovo flutua,
como no Mar Morto.

lusitânea disse...

A nossa massa sacada à fartazana nos impostos dá para tudo.Manter uma gorda e numerosa "corte", uma multidão de papagaios amansadores do zé povinho,uma short list de empresários "amigos" para os quais é o "tudo" e ainda uma imensidão de africanizadores-colonizadores-salvadores do planeta que ficaram no desemprego quando conseguiram entregar tudo o que tinha preto e que não era nosso...
Podemos ainda acrescentar o milagre prometido de não ser preciso trabalhar manualmente.Iam ser todos psicólogos,sociólogos,politólogos, advogados e animadores culturais.E muita protecção do ambiente e dos ratinhos e das salamandras and so on...
Mas chatice das chatices somos mais um país africano, governado por sobas com muita lata e pouca VERGONHA...
Não deitem abixo essa mafia que em vez de decénios serão escravizados e vendidos para África...

Anónimo disse...

Isto no funcionalismo público que lida com milhões é mato. Até baixa médica e férias metem quando vêem que fizeram asneira ou vem aí uma inspecção qualquer. Até dá a impressão que há uns que querem cortar zeros à direita como se fosse tudo um problema de grafismo. ontem mesmo, Rui Rio disse claramente que há câmaras que escondem o valor da dívida esquecendo-se das empresas municipais e que o estado central assim não sabe os números verdadeiros. Só não vê quem não quer e mesmo assim é preciso fazer um grande esforço.

Streetwarrior disse...

Continuaram a mascarar tudo enquanto a treta da "judicialização da politica " continuar.
Depois...quando colocada a hipotética hipotese de os levar a tribunal, acontecem "truques de secretaria " como este.

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=45649

No fim...papam umas valentes indemenizações para que ninguém ouse colocar em causa, o seu bom nome.
Honestos...tudo gente honesta e que só quer o melhor para o " povo ".

Como resolver isto?
È que por vontade dos prórios, há 37 anos que produzimos estes "brilhantes resultados" democráticos.
Neste momento, precisamos não de bons gestores e politicos mas sim...de bons SNIPERS!
É triste mas verdadeiro.

arg disse...

Vai morrer sem ver melhor. Essa é que é a tragédia.

cineticum disse...

O que me espanta é isto: exite MP em Portugal?

josé disse...

Existe e o seu PGR chama-se Fernando Pinto Monteiro. Faz 70 anos um dia destes e devia sair do cargo por ter atingindo o limite de idade. Como a lei não lho impõe, já disse que só sairá no final do mandato, em Outubro.

Tanto faz, para o caso, mas é sintomático do estilo da pessoa.

O Público activista e relapso