quarta-feira, abril 11, 2012

"sei que estás em festa, pá..."

Esta senhora, Lurdes Rodrigues foi ministra (!) e fez à Educação o que toda a gente sabe. Sobre a iniciativa governamental "Parque Escolar" que esfolou milhões ao erário público, muitos deles reconhecidamente de modo ilegal e contrário a regras democráticas estabelecidas, a mesma senhora afirmou que foi tudo "uma festa".
O despudor da afirmação marca mais uma vez o autêntico autismo político da senhora. Dizer que a violação de regras democráticas que constituem irregularidades graves, provocando prejuízos de milhões ao erário público, é "uma festa" revela tudo o que a senhora pensa do exercício de funções públicas. É preciso recordar que esta mesma senhora está acusada de abusar do seu poder em relação a amigos e correligionários, num caso que vai ser julgado por isso mesmo. Se for condenada, não o pode ser em qualquer pena suspensa porque a consciência de ilicitude da senhora está tão degradada que só uma pena de prisão efectiva pode efectivamente recuperar o sentido ético que deve presidir a qualquer governante sério e competente.

A senhora teve o desplante de responder ontem na Assembleia da República do modo como os jornais hoje noticiam: uma festa para toda a gente!


Este, pelo contrário , talvez devido ao local onde se manifestou, similar ao local onde aquela senhora irá em breve, declarou num acto de arrependimento que peca por muito tardio, mas ainda com alguma vergonha do que se passou:




"O presidente da REFER afirmou esta manhã no julgamento do caso Face Oculta que com os procedimentos verificados naquela empresa pública nas pesagens de resíduos, no Entroncamento, «toda a gente ficou mal na fotografia».
Luís Pardal, que está neste momento a ser inquirido pelo procurador João Marques Vidal, na 43ª sessão do julgamento, em Aveiro, disse mesmo ter «alguma vergonha e pudor de ser parte de uma situação que é difícil de aceitar»



«Eu fui algo intolerável com as explicações, que não eram aceitáveis, porque os procedimentos eram ilegítimos e incorrectos, aquilo não foi só a falta de controlo», salientou Luís Pardal.

«Toda a gente ficou mal na fotografia», repetiu Luís Pardal, referindo-se «ao modelo, aos procedimentos, às rotinas, aos registos, enfim, toda a gente chamuscada e salpicada daquela situação».


Será que não tira ilações disto tudo e dessa vergonha que agora diz sentir e que sentirá tão completamente que chega a dizer que é sentida vergonha a vergonha que deveras sente?

10 comentários:

lusitânea disse...

A filosofia é :"para os amigos tudo"!

Carlos disse...

o

Carlos disse...

Ok!...vamos lá ser tolerantes. Mas, quanto custou esta vergonha ao erário público? E, será que este Pardal foi colega do Constâncio no exercicio da soneca em serviço?...

zazie disse...

"o local similar"

ehehehe

António Bettencourt disse...

A festa continua:

Isabel Alçada defende que Parque Escolar foi barato

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2413351

JC disse...

E como é que uma senhora (com "s" muito pequenino) que vai em breve sentar o cu no mocho num local similar ao actual poleiro do Pardal, continua a presidir à Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento?
Não devia, no mínimo, ser suspensa de funções?

Carlos disse...

Oh JC,

Você faz exigências acima das nossas possibilidades. Não se lembra que estamos em crise?...

Anónimo disse...

Já declararam que sabiam que havia gente a ter acesso ao caderno de encargos dos concursos. Só falta saber o que fizeram, porque se não o fizeram houve alguma razão, ou "esqueceram-se". Quanto à senhora, parece estar a tentar passar por inimputável ou estar a gozar.

Colmeal disse...

E esta declaração da deputada socialista e ex-ministra, Gabriela Canavilhas:
" A existência de candeeiros de Siza Vieira em espaço escolar justifica-se por se tratar de um grande artista".
Parece que o facto de que cada candeeiro tenha custado a módica quantia de 12 mil euros não incomoda a deputada, ainda deve achar que foram baratinhos ...

Vivendi disse...

Governar na era da socretinagem era uma festa.

Uma festa desgovernada e cara.

Hoje a festa já só dá para o palito e para a azeitona, mas parece que anda por aí muito esquerdista munido de álcool para acompanhar o momento, é que de cada vez que abrem a boca parece que estão todos entornados e cheios de nostalgia das festanças passadas.