Ontem, na A.R. e segundo o Público, este Paulo Campos viu-se em palpos de aranha para defender a "honra". O presidente do Inir ( Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias) defendeu que todas as PPP, nas Scuts, tinham que ser renegociadas, o que é quase apodíctico tal é o escândalo do desvio a favor de certas empresas privadas com um gigantesco prejuízo para o Estado, o que já foi denunciado pelo próprio tribunal de Contas e outras entidades e o senso comum demonstra. O inquérito criminal, esse, é assunto de "judicialização da política", pelo menos até Outubro. Mas ainda irá a tempo...e, palavra de honra, se me fosse dada a incumbência de o fazer, seria com todo o gosto e empenho que seria feito. E sei muito bem o que faria. Com isenção e imparcialidade, mas com a suspeita firme de que houve trafulhice grossa. Se no fim se demonstrasse o contrário, seria uma satisfação também, porque acho que é assim que quem investiga deve proceder: partir de suspeitas mas apurar a verdade que as pode contrariar.
Paulo Campos, sentindo-se atingido agitou-se e os deputados socialistas presentes não fizeram a coisa por menos e chamaram àquele presidente do Inir, "mentiroso" e "aldrabão".
Depois de troca de outros mimos, alguém prometeu o que dantes os putos faziam na escola quando se zangavam com colegas na sala de aula: "falamos lá fora..."
Diz o Público que o presidente do Inir não se atemorizou e redundou: "lá fora, sim, lá fora..."
Paulo Campos, para quem não saiba é filho de António Campos...e embora tal não signifique muito mais que isso, também um episódio bem mais pitoresco teve como protagonista o pai que no caso suscita problemas genealógicos. Bem a propósito, só por isso.
Para quem não saiba, aqui fica um trecho delicioso das aventuras parlamentares de um tempo mais antigo mas não esquecido:
19 DE MARÇO DE 1980
(-…..)O Sr. António Campos (PS): – São ou não da mesma família?
O Orador: – Bem, eu não sei qual é o conceito de família do Sr. Deputado.
O Sr. António Campos (PS): – Estou a perguntar se são ou não da mesma família.
Neste momento registou-se uma violenta troca de palavras entre os Srs. Deputados Sousa Tavares e António Campos, os quais se ergueram dos seus lugares ameaçando-se mutuamente.
O Sr. Raul Rego (PS): -Vá para a puta que o pariu.
Protestos do PSD, do CDS, do PPM e dos Deputados reformadores.
O Sr. Sousa Tavares (DR): – Já todos sabemos que o senhor é um malcriado.
Protestos do PS.
O Sr. Presidente:-Srs. Deputados, peco-lhes calma e que não entrem em diálogo directo, bem como peço aos Srs. Deputados Sousa Tavares e António Campos que terminem de imediato essa troca de palavras.
Sr. Deputado Ferreira do Amaral, queira continuar a responder, por favor.
O Orador: – Sr. Presidente, penso que após este momento um pouco agitado já poderei responder à pergunta do Sr. Deputado António Campos.
O que para este efeito interessa não é saber os laços de parentesco, que podem interessar a um genealogista, mas que não interessam num ponto de vista de economia ou num ponto de vista agrícola. Tão-pouco interessa saber o nome.
O Sr. António Campos (PS): – Mas são a mesma família ou não?
Protestos do PSD, do CDS, do PPM e dos Deputados reformadores.
O Orador. – No caso Sousa Uva não é a mesma família.
Protestos do PS.
O Sr. António Campos (PS): – Você é um mentiroso.
O Sr. Presidente: -Sr. Deputado António Campos, o Sr. Deputado poderá protestar no fim das respostas, mas neste momento tem de deixar o Sr. Deputado Ferreira do Amaral responder aos pedidos de esclarecimento.
O Orador – Se o Sr. Deputado António Campos não me deixa responder aos pedidos de esclarecimento, manter-me-ei calado.
O Sr. António Campos (PS):-Só lhe exijo que diga se são ou não da mesma família.
O Sr. Sonsa Tavares (DR): – O senhor é um mentiroso.
O Sr. António Campos (PS): – O senhor é um animal.
Nova troca de insultos entre os Srs. Deputados Sousa Tavares e António Campos.
O Sr. Presidente: – Srs. Deputados, se não se calam imediatamente suspendo a sessão.
6 comentários:
Conde Rodrigues, anterior Secretário de Estado da Justiça e da Administração Interna, é o nome indicado pelo PS para o Tribunal Constitucional. O nome indicado pelo PSD é Paulo Saragoça da Mota.
o campos pai era o tarado das vacas loucas quando Cavaco Silva era PM.
com guterres não houve mais vacas nestas condições.
por falar em proteínas animais
David Pimentel da Cornell University verificou que para produzir 1 quilocalorias das mesmas se gastavam 4 oriundas de combustíveis fosse. as nossas refeições são tão poluentes do ambiente como os nossos carros.
('sustainability of meat-based and plant-based diets and environement'; the american journal of clinical nutrition, vol. 78 (3), 6695-35, 2003)
São de facto da mesma famíglia.Campos foste,Campos és,Campos serás,Don Marioni dixit.MÚÚÚÚ!!!
Não há-de faltar muito tempo e vamos ver funcionários públicos não executivos a penar em tribunal com os seus bens pessoais por falta de cabimentação de despesas. O mesmo não se poderá dizer de quem endividou gerações para décadas por valores incomportáveis na ordem de muitos de milhares de milhões. Aliás, caro José, uma das coisas que deveria ter enquadramento na discussão das PPPs é o secretismo dos contratos e de suas cláusulas. Esse secretismo ou não divulgação atempada só pode ter uma razão: não permitir o recurso a todos os meios de contestaçao, senão depois de consumado o acto. É notório que o PS se faz anunciar constantemente como "pai" do SNS, mas não como pai das SCUT. Devem ter algum problema na consciência.
O título suscitou-me um dúvida de português.
Conheço duas acepções de impagável
1)Tão caro que não se pode pagar;
2)Espirituoso, engraçado, que faz rir.
Como nenhuma delas se aplica a Paulo Campos (afirmo eu), então deve haver uma terceira.
Ou será ironia?
Outro inútil das fileiras do PS. Há uns dias vi-o na televisão a propósito de qualquer coisa. Uma comissão de inquérito qualquer. E ao sair da sala, juntou-se-lhe um artista da minha idade, que conheço pessoalmente de Coimbra, que ainda há uns poucos de anos andava a gastar o dinheiro dos pais (logicamente) a fumar ganzas por lá. Depois juntou-se à JS, foi presidente da DG-AAC e foi por aí acima (ou abaixo, conforme se desejar).
Não que eu tenha algo contra fumar ganzas. Também as fumo. Mas o problema é que não fazia mais nada. De útil, isto é. Uma coisa é a gente ver isto na televisão com malta que não conhece de lado nenhum, outra é vê-lo acontecer diante dos olhos com gente que se conhece e que se sabe que não vale a ponta dum chavelho... Não me refiro à honestidade dele - porque disso não sei - mas apenas à competência e experiência de vida que se me afigura necessária em quem tem, ou venha a ter, responsabilidades no governo da nação, e que não percepciono nele.
Creio que não faltará muito até o ver-mos por aí numa Secretaria de Estado qualquer...
]É este.
PS: também conheço o "sucessor" mencionado no link. É ainda pior. É uma nulidade autêntica. Um boy perfeito. Deus nos valha...
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