O caso Freeport já foi objecto de atenção em várias ocasiões. Uma, em 23 Junho de 2005, foi na Visão, com capa a anunciar a "história de uma conspiração". Esta conspiração, seria da autoria de "uma rede que tentou incriminar José Sócrates em plena campanha para as legislativas".
Dava-se conta que um inspector da Judiciária, José Torrão, seria um dos elementos da "rede", acompanhado ainda por pessoas ligadas a Santana Lopes.
A Visão dava conta da investigação da Judiciária a esta "rede". Pelos factos enunciados, a "rede", pretendia que a Judiciária e o MP, investigassem José Sócrates. E para tal, teriam forçado a nota. O assunto terminou com a condenação de José Torrão, por crime de violação de segredo de funcionário. Depois de ter sido investigado pela própria polícia, com escutas, manobras rocambolescas e outras diligências notáveis e rápidas que provam que a PJ quando quer, chega lá. As denúncias sobre financiamento partidário, essas, ficaram na mesma: paradas, segundo agora se sabe.
José Torrão saiu da PJ. A sua família sofreu muito com isso, na altura, segundo o mesmo declarou à Visão. "Só quero que me esqueçam", disse. Mas não foi esquecido, porque aparece agora, mencionado no Correio da Manhã, por ter declarado em 2007, na altura do seu julgamento: " Eu fui a cereja para pôr no em cima do bolo de uma coisa escondida que um dia se há-de saber." Será isto que agora se sabe? É que se for...
Por outro lado, na Visão de 2005, indica-se que o MP e a PJ, não tinha suspeitos concretos nessa altura. Muito menos José Sócrates que nunca foi considerado como tal. Contra a opinião de José Torrão, segundo se lê.
[O Diário de Notícias de Domingo, 25.1.2009, numa boa investigação jornalística , refere, pelo contrário, que em Fevereiro de 2005 o juiz de instrução do Montijo, em resposta a um pedido de escutas do MP, escreveu existirem nos autos "indícios de que os suspeitos praticaram crimes de corrupção passiva para acto ilícito e participação económica em negócio". No entanto, entre os suspeitos cujo nome é mencionado no despacho como tendo sido indicados pelo MP, figuram pessoas da autarquia de Alcochete e um dos sócios da consultora. Nenhum ministro do governo de Guterres ou político conhecido é mencionado como suspeito. Ainda refere o DN que o juiz de instrução suspeitou da "celeridade invulgar" a partir do momento da obtenção do parecer favorável sobre o impacte ambiental. Nem isso, no entanto, permitiu suspeitar de outros que não os indicados- acrescentado às 15h e 30 de Domingo, 25.1.2009]
Hoje o PGR disse publicamente que o processo Freeport estava parado. [ Segundo o JN de hoje, Domingo, parece que não terá sido bem assim] e por isso o mandou avocar. Hoje sabemos que José Sócrates é suspeito. Estamos esclarecidos. Mas aquela questão, não está e tem de estar.
Aqui ficam duas imagens da Visão da época. Numa delas aparece um artigo de Rui Costa Pinto, onde se dá conta das investigações do MP e da PJ na época. Exemplar, a leitura.
Dava-se conta que um inspector da Judiciária, José Torrão, seria um dos elementos da "rede", acompanhado ainda por pessoas ligadas a Santana Lopes.
A Visão dava conta da investigação da Judiciária a esta "rede". Pelos factos enunciados, a "rede", pretendia que a Judiciária e o MP, investigassem José Sócrates. E para tal, teriam forçado a nota. O assunto terminou com a condenação de José Torrão, por crime de violação de segredo de funcionário. Depois de ter sido investigado pela própria polícia, com escutas, manobras rocambolescas e outras diligências notáveis e rápidas que provam que a PJ quando quer, chega lá. As denúncias sobre financiamento partidário, essas, ficaram na mesma: paradas, segundo agora se sabe.
José Torrão saiu da PJ. A sua família sofreu muito com isso, na altura, segundo o mesmo declarou à Visão. "Só quero que me esqueçam", disse. Mas não foi esquecido, porque aparece agora, mencionado no Correio da Manhã, por ter declarado em 2007, na altura do seu julgamento: " Eu fui a cereja para pôr no em cima do bolo de uma coisa escondida que um dia se há-de saber." Será isto que agora se sabe? É que se for...
Por outro lado, na Visão de 2005, indica-se que o MP e a PJ, não tinha suspeitos concretos nessa altura. Muito menos José Sócrates que nunca foi considerado como tal. Contra a opinião de José Torrão, segundo se lê.
[O Diário de Notícias de Domingo, 25.1.2009, numa boa investigação jornalística , refere, pelo contrário, que em Fevereiro de 2005 o juiz de instrução do Montijo, em resposta a um pedido de escutas do MP, escreveu existirem nos autos "indícios de que os suspeitos praticaram crimes de corrupção passiva para acto ilícito e participação económica em negócio". No entanto, entre os suspeitos cujo nome é mencionado no despacho como tendo sido indicados pelo MP, figuram pessoas da autarquia de Alcochete e um dos sócios da consultora. Nenhum ministro do governo de Guterres ou político conhecido é mencionado como suspeito. Ainda refere o DN que o juiz de instrução suspeitou da "celeridade invulgar" a partir do momento da obtenção do parecer favorável sobre o impacte ambiental. Nem isso, no entanto, permitiu suspeitar de outros que não os indicados- acrescentado às 15h e 30 de Domingo, 25.1.2009]
Hoje o PGR disse publicamente que o processo Freeport estava parado. [ Segundo o JN de hoje, Domingo, parece que não terá sido bem assim] e por isso o mandou avocar. Hoje sabemos que José Sócrates é suspeito. Estamos esclarecidos. Mas aquela questão, não está e tem de estar.
Aqui ficam duas imagens da Visão da época. Numa delas aparece um artigo de Rui Costa Pinto, onde se dá conta das investigações do MP e da PJ na época. Exemplar, a leitura.

