quinta-feira, janeiro 22, 2009

Os alfobres

A revista Visão de hoje tem um artigo sobre "As escolas de poder" em Portugal.
À míngua dos franceses da ENA, ou dos ingleses dos College, ou ainda de outros estabelecimentos de ensino prestigiado da Alemanha e outros países civilizados, nós, por cá, todos bem, em três ou quatro universidades públicas e uma privada.

O alfobre de governantes em Portugal, na visão algo elíptica, sai destes sítios que seguem.

Em primeiro lugar, da Universidade Católica, têm saído alguns génios da economia. Num quarto de século, ainda não vislumbraram o modelo certo. Portugal, com estes iluminados que raramente têm dúvidas e nunca se enganam, ainda não acertou o passo pelo pelotão da frente. Não é por falta de estudos dos outros.
Nomes? Artistas portugueses, com certeza. De elite.

A seguir vem a classe mais prestigiada, que nos construiu as obras de arte, traçou as autoestradas e soergueu edifícios de exposição pública. E de caminho e carrinho, torrou-nos o dinheiro dos fundos europeus, em betão armado e asfalto ao quilómetro. E já está pronta para os TGV e aeroportos que se queiram. Basta haver fundos que os transformam num poço sem ele.
Eis os engenheiros deste país, vindos do maior instituto que em tempos pretendia emparceirar com o MIT:



Para ajudar esses mestres de obras, uma classe ainda mais prestigiada: os profissionais de Direito e retóricas paralamentar. Os homens de leis, mais os seus alunos, agora também com algumas mulheres que escrevem em jornais. Faltam os de Coimbra, mas para desgraça, já bastam estes.



Por último, la crème de la crème. A nata, portanto. Um painel de sábios, formados pelas universidades mais prestigiadas e independentes. Inteligentsia rara, é aí que se cultiva.
Senhoras e senhores, os mais lídimos representantes da sociologia, pedagogia, psicologia e outras disciplinas de ir e vir, ficando no mesmo sítio, no ISCTE:




Adenda, em 23.1.2009:

Entretanto, segundo o Sol, a Universidade de Coimbra (UC) é a 14ª universidade europeia com maior visibilidade e presença na Internet e a 43º do mundo, segundo o mais recente ranking do International Education Directory of Colleges and Universities (4ICU), foi hoje anunciado.

Coimbra não aparece na visão elíptica daquela revista. Fica longe de Lisboa, mas é de lá que tem saído certas ideias sobre direito criminal. Os códigos devem a sua estrutura óssea, ao Direito de Coimbra. O de Lisboa, deu-lhe as partes moles.

Quanto a outras matérias, talvez em Matemática sejam os melhores. E em Medicina, fazem número, na cidade, para aumentar o preço por metro quadrado de construção. O resto não sei, mas o ranking citado coloca-a num lugar honroso.

4 comentários:

zazie disse...

ahahahaha

Os alfobres. Que maravilha de postal.

Tino disse...

Este trio final é o horror dos horrores. Isto é um trio e pêras. E ao falar em trio não estou a insinuar nada.

OSCAR ALHINHOS disse...

Meu Deus:

Como poderá Portugal andar para diante com estes Iluminados?

Volta António, estás perdoado!!!!

Karocha disse...

LOOOLLLLL José

Eu sabia que ia sair um grande postal.

O Público activista e relapso