sexta-feira, janeiro 23, 2009

Manobras de salvamento

«Professores vão pedir a Cavaco que dissolva AR e "salve o ensino"» -- anuncia o Diário de Notícias.
E quem salva o ensino destes professores?! "

Pois é um problema complicado. A esmagadora maioria, para não dizer a totalidade dos professores, querem mesmo salvar o ensino, livrando-o do aborto legislativo da avaliação. Lídia Jorge já explicou porquê, mas Vital não leu ou não compreendeu.
Deste modo, Vital assemelha-se ao garboso pai do praça que marcha na parada, ao contrário dos demais. Para esse progenitor, em linguagem de ISCTE, o filho é que marcha direito...

Numa comparação adequada a estatística, seria o mesmo que prever toda a cidade de Coimbra de bandeiras brancas a pedir a demissão da equipa da ministra do ISCTE, e Vital, sózinho, numa janela dos Grilos, com uma bandeira rosa, a gritar à multidão da cidade. Vade retro, satanazes!

A cegueira de Vital não é como a de Castilho. É pior: atingiu-lhe os neurónios.

5 comentários:

Miguel disse...

"A esmagadora maioria, para não dizer a totalidade dos professores, querem mesmo salvar o ensino, livrando-o do aborto legislativo da avaliação"

Peço desculpa...mas não concordo com esta afirmação.

Quase se poderia dizer que assino por baixo o artigo de Lidia Jorge a que se refere, mas a cultura que vejo nos professores (por conhecimento directo de vários deles) é uma cultura de preservação dos direitos, manutenção de regalias, etc....e depois em 10.º lugar lá vem a educação dos alunos.

Claro que existem bons e maus profissionais em todas as profissões....mas, como já o disse por cá, é perfeitamente normal (mas não aceitável) que quando se pretenda atribuir mais tarefas ou retirar regalias a alguém....esse alguém reaja.

Dito isto, não pretendo defender o ME....ou a Ministra....mas não posso deixar de pensar que a classe dos professores terá, inevitavelmente, de mudar!

lusitânea disse...

Boa imagem.Os tipos fizeram um aborto de avaliação, nem querem avaliar os alunos,desautorizam os professores mas nunca faltam papagaios a defender a ministra.
Ninguém vai ver o que é andam a dar com "ensino técnico", uma autêntica porcaria de ultimo ratio para quase delinquentes(muitos até o serão já) e vamos andando nesta propaganda pegada.
Querem avaliar os professores?Primeiro não contratem abortos.Concurso/exame/exames psicotécnicos com entrevista.
Depois exames nacionais como havia antigamente para se ver quem ensina ou não
Por último a recriação do ensino técnico-profissional nos moldes do antigamente pois que ensinar a produzir precisa-se

Miguel disse...

"nunca faltam papagaios a defender a ministra"...geralmente este tipo de expressões ridiculariza quem as profere...é o caso!!!

De qq forma...esses "papagaios" defendem o seu ponto de vista...tal como o defendem os "papagaios" do Sr. Mário Nogueira...o professor que deve ter o recorde negativo de aulas dadas numa escola...(será que até chegou a dar alguma aula???).

Depois há aqueles que percebem que a razão não está de um só lado (nos quais eu me incluo)...que a educação está mal, não há dúvidas...faltam é soluções.

P.S. Vou tentar arranjar o tal projecto - Lei do CDS/PP...

josé disse...

Pelo que me foi dado ler, o esquema de avaliação dos professores, actualmente reduz-se a um quase nada de importante.

Mas esse quase nada, ainda assim, tem efeitos de uma perversidade tal que só mentes do ISCTE, se lembrariam de propor como solução para o problema de avaliação.

O problema neste caso reside na semântica: diz-se a palavra mágica- avaliação- e já está. Tudo passa a ser transparente e relevante no processo.
O poder das palavras tem destas coisas. É por isso que o eduquês tem sucesso no ISCTE e nas Novas Oportunidades: poucos se apercebem da aldrabice que é.

Colmeal disse...

Mas a ministra ainda existe ?

É que toda a gente fala (Sócrates, "Trauliteiro" Santos Silva e os 2 secretários) mas a senhora só aparece em obras de beneficiência e inaugurações e quanto a dizer qualquer coisa ... nickles...

Esperemos que quando(e se for eleita...) para o parlamento europeu fale mais e mais acertadamente.

O Público activista e relapso