Uma caixa de Multibanco instalada dentro do edifício do Tribunal de Setúbal foi assaltada esta madrugada. Segundo o presidente do Tribunal esta é o terceiro assalto em três anos.
Ora vamos lá então, tentar perceber este fenómeno, seguindo os ensinamentos da professora Palma:
"Dois discursos aparentemente antagónicos que têm sido apresentados na Comunicação Social ( sic), acerca das políticas de combate à criminalidade. O primeiro propõe a actuação sobre as causas sociais do crime e o segundo preconiza a intensificação da repressão”.
E agora, vamos perceber qual a opção correcta, politicamente, ainda segundo a professora Palma:
"O discurso sobre as causas sociais do crime é mais generoso e assenta em ideias de Justiça,mas tende a criar anticorpos por não dar resposta rápida aos problemas. O discurso da repressão incentiva lógicas autoritárias e de actuação desproporcionada da autoridade, canalizando os recursos para o apetrechamento humano e material das polícias.”
Já sabemos também que as ideias de repressão, autoritarismo e eficácia policial, não são ideias estimadas à Esquerda, campo da professora Palma. Por causa dos traumas das perseguições da Pide, entre outros. E dos estudos sociológicos dos ingleses e alemães.
Portanto, temos a receita em prática, actualmente, nos códigos penais, pensados e aprovados pelos seguidoras da professora Palma: porreirismo para com a pequena criminalidade; amplo neo-liberalismo social, com grande liberdade de actuação para os pequenos gangues de bairro, da criminalidade juvenil.
Esta, coitada, é fruto das condições do meio e todos os estudos o dizem..
A começar pelos da sociologia moderna, estudada no ISCTE.
Os factos dão-lhes sempre razão. As soluções, também. As vítimas, essas, que se quilhem. Não contam para os estudos do meio.