segunda-feira, janeiro 05, 2009

As melhoras, ao Público

O Público de hoje custou-me um euro. Nem notei porque dei uma nota de vinte e não contei o troco. Ao ler a nota de última página, apercebi-me do aumento, depois de ter visto que Miguel Esteves Cardoso, passa a colaborar com o jornal numa base diária. "Boa notícia", leram os meus botões.
Para além disso, o Inimigo Público de LPLN, passa para a quinta-feira. Boa medida, disseram os meus olhos incisivos. Com os caninos a amolarem uma melhor e que seria a redução para metado do conteúdo satírico. O que é demais, cansa, confirmaram os primeiros.
E são essas as novidades, para além da referência à melhoria da edição virtual. Parca ração, para a notícia sobre as "muitas novidades".
Graficamente, o Público, está bem. Redactorialmente, poderia estar melhor. Falta um repórter mais atento ao essencial; mais independente face aos poderes e mais divertido no modo de escrita. Falta punch ao Público. Um tudo nada que mostrasse ao leitor que é um jornal de contra-poder que não pretende o poder.
O episódio da licenciatura do PM, com reflexos na ERC, fragilizou o director. Tirou-lhe gás, quiçá entristeceu-o.
Falta ainda, na parte cultural, uma perspectiva diferenciada de uma certa esquerda que só vê para esse lado e que não tem o sentido da estereoscopia social.
Faltam desenhos no Público. Contratem o Jorge Mateus. Tirem o Miguel Gaspar que não interessa nada. Dispensem o Rui Tavares que é sempre a mesma coisa.
Mudem os crónicos e alterem a ordem dos textos.
Mantenham o Vital Moreira. Mantenham o JPP. Mantenham o Barreto e o Pulido Valente, pois claro.
Leiam a blogosfera opinativa e convidem um ou outro para a escrita temática. Dêem espaço ao Pedro Arroja. Tornem-se interessantes e polémicos sempre que for oportuno.
Espero que o jornal que leio desde o primeiro número e poucas vezes falhei, nessa leitura, consiga fazer melhor que o La Repubblica.
Porque o modelo, é esse.

13 comentários:

zazie disse...

Era uma boa troca: o Rui Tavares a ser substituido pelo Pedro Arroja- pagava para ver

ehehe

bjs

Estou a fazer horas no aeroporto.

josé disse...

Bon voyage. Se for em Gatwick tem uma boa livraria...

josé disse...

Já reparou no mastin, aí em baixo?

Foi um mabeco anónimo, quem o fez.

zazie disse...

Nao, 'e em Heathrow. Reparei pois. esta lindo ehehehe

Pedro disse...

Como é que está o Miguel, José? Lê-se ou é conversa de arroz de frango?

josé disse...

O MEC escreveu uma crónica curta que me parece divertida.

Fala do velho mais velho depois da morte da mais velha, em Portugal.
E cita Beckett par dizer que "quando era mais novo do que sou hoje, julgava que os velhos do Beckett eram personagens abstractos. Se tinham cabelo branco até á cintura, cabeças caídas e passoa vagarosos era porque o Beckett imaginara-os assim."

E depois fala do Sr. Moreira, o tal mais velho.
" O Sr. Moreira não é perfeito: não fuma. Mas come "sopas fortes". De resto, como contou Ana Cristina Pereira no Público de ontem, "quase não anda, quase não ouve, quase não vê, quase não fala". No entanto,na noite de sexta para sábado, chamou muitas vezes pela filha. Que queria ele? "Quero uma saia", respondeu ele uma vez. E, doutra: "Quero debulhar milho".
~Tenho de ir reler o Beckett. Se calhar não era tão bom como eu pensava."

É assim que termina a crónica e por mim, achei-lhe graça triste.
A crónica tem como título "TU não nos morras".

Exactamente o que pretendo dizer do MEC...

Veremos amanhã e dias seguintes se o gajo está vivo ou a fazer de beckett.

Pedro disse...

ehehe tenho de o voltar a ler; lá está, quando ele não faz de Beckett é grande escritor.

lino disse...

"Tirem o Miguel Gaspar que não interessa nada. Dispensem o Rui Tavares que é sempre a mesma coisa."

Dou todo o meu apoio, e acrescento: os pregadores Faranaz Keshavjee e Frei Bento Domingues. Quanto aos artigos de António Eloy, poderiam ser publicados, sim, mas identificados como publicidade paga.

alexandre o médio disse...

Tira nada o Tavares que é dos gajos mais lúcidos que escrevem por aí

josé disse...

Ora bem, o MEC, na crónica de hoje, já fala do bolo-rei. Falta pouco para chegar ao frango.

A crónica é fracota e a continuar assim, mais valia nem ter começado.

Pedro disse...

é uma pena. ele que volte a tomar drogas.

Pedro disse...

José, olhe aqui as carinhas larocas...

http://maltez.info/respublica/portugalpolitico/index.htm

josé disse...

Já nem as drogas lhe valem.

Pode ser que em vinte crónicas publique uma de jeito. Portanto, uma vez por mês, talvez.

Quanto à cronologia maltesa, tenho a dizer que é trabalho. Em 1988, lá aparece o Independente com a indicação que afinal é um regresso dos condes dos media: o de Anadia que se junta ao de Balsemão.
São eles quem mandam na opinião.

A obscenidade do jornalismo televisivo