segunda-feira, janeiro 26, 2009

As influências em trânsito

As televisões divulgaram agora mesmo que o senhor Júlio Monteiro, tio do primeiro-ministro, comunicou outra vez ao país o teor da conversa com o senhor Smith, para influenciar a atenção do sobrinho ministro.

Ninguém vê isto como um tráfico. Antes como uma espécie de troca de impressões entre familiares, um dos quais ministro, sobre um assunto que poderia ser resolvido por este e foi. Coisa banal, comum e sem problema.

Afinal, a conversa que manteve com Charles Smith, mencionava dinheiro. Milhões de euros ou escudos, que eram pedidos por alguém para o licenciamento. Um certo escritório de advogados, parece. Estes reduziram-se ao mais completo mutismo.
Por causa disso, Júlio Monteiro, indignado, telefonou ao sobrinho, dias depois. Para o avisar da tramóia. E avisou, mostrando-se agora orgulhoso de ter sido patriota.
O sobrinho, ao telefone, disse-lhe que essa exigência de tanto dinheiro, era inadmissível e mostrou-se indignado, como só um ministro pode mostrar-se.
E foi aí que lhe sugeriu para eles, os do Freeport, marcarem uma reunião com ele, para tratarem do assunto. Da reunião nada se sabe, parece que nem existiu.

E foi assim, Ah! Ainda há o caso de o primo do ministro, enviar um e-mail ao Freeport a pedir batatinhas. Das grandes. E houve uma resposta. Explicação? O primo precisava de facturar umas coroas e por isso, o caso prometia. Parece queo Freeport nada deu. Ou deu? Não sabemos.
O que sabemos é que há pessoas que gostam de comer as papas na cabeça dos outros.

O Nicolau do Expresso até já diz que o tio é um tonto. Pudera!

Questuber! Mais um escândalo!