terça-feira, abril 24, 2012

Garcia dos Santos: porque é que é o miltar do 25 de Abril que prefiro


Entrevista de Garcia dos Santos ao i de hoje.
Sobre Cavaco Silva...

Jornal i- Mas o actual Presidente da República…


Garcia dos Santos-Não me fale desse gajo! Não me fale nesse gajo!
Jornal i-Mas houve uma altura em que houve pessoas que acreditaram que ele podia ser esse salvador…
Garcia dos Santos-Mas quem é que acredita nesse senhor?

Jornal i-Alguns desses valores costumam ser associados a Cavaco Silva…

Garcia dos Santos- As falhas! As falhas! Ele acabou com as pescas, acabou com o mar, acabou com a agricultura! E agora é o defensor dessas coisas todas. Veja a contradição da pessoa! É licenciado em economia, foi ministro, foi primeiro-ministro. E o que é que ele fez? Destruiu tudo isto! Toda a situação em que estamos hoje nasce com ele. E ele nesta altura em que devia ter uma atitude firme, dar dois murros na mesa, dizer “o país está primeiro que tudo o resto, acabaram as querelas partidárias, vamos pôr o país a funcionar”. Que é que ele faz? Zero! Julgo que ninguém tem argumentos para contrapor a isto que eu estou a dizer. O Presidente da República é o primeiro responsável por isto tudo e não faz nada para que isto se corrija.

Jornal i-Mas o Presidente não tem muitos poderes…

Garcia dos Santos- Tem todos os poderes! Tem a bomba atómica, que é a dissolução da Assembleia da República, mas não é preciso ir aí. Fui cinco anos chefe da Casa Militar do Presidente da República, sei muito bem como era o ambiente naquela casa e como se viviam estas coisas todas. Se fosse preciso dar dois murros em cima da mesa, o Eanes dava. E punha o dedo no nariz daquela gente! Este gajo não põe, de certeza absoluta! E ainda por cima é um pateta que tem medo de tudo.

Jornal i-Uma coisa é não conseguir parar determinados fenómenos, outra é beneficiar deles. Quando critica Cavaco Silva é por não ter conseguido enfrentar determinadas situações?
Garcia dos Santos- Claro! Não conseguiu porque não é capaz.

Nota: repare-se na imagem tirada ao i: mostra o general numa dependência de uma casa modesta, um apartamento com caixilharia em alumínio e persianas que denotam uns bons anos de uso.
Compare-se com as moradias de certos figurões do regime que enriqueceram sabe-se lá como ( até se sabe, só que as tais provas...) ou com as de figurões da política que ocupam cargos de relevo.