quinta-feira, janeiro 15, 2009

Mais um

Do Sol:

Um grupo de assaltantes invadiu o apartamento do ministro da Ciência e Ensino Superior, Mariano Gago, na Costa do Castelo, em Lisboa. A mulher do governante estava sozinha em casa e, doente na cama, na segunda-feira de manhã, nem se apercebeu de que lhe estavam a revirar a casa toda, tendo os ladrões fugido com um casaco valioso de Mariano Gago, segundo o Correio da Manhã.
Caro Mariano Gago, ministro também ( e por isso notícia), énésima vítima de assalto doméstico, numa grande cidade:
Aconselho vivamente que tenha uma fala, de pé-de-orelha, com o seu colega da Administração Interna, Rui Pereira. Para lhe solicitar os bons ofícios, de um artigo da mulher, professora catedrática de Direito Penal, na faculdade de Direito de Lisboa e articulista de domingo, no Correio da Manhã.
Essa fala deve incidir sobre questões muito concretas e precisas, tais como:
Deveremos continuar a insistir na ideia de que o combate à pequena criminalidade ( sim, porque um assalto a uma residência habitada com gente dentro, é coisa pequena, como até a própria Fernanda Palma se fosse vítima, daria conta logo, logo), deve ser conduzida pelo lado sociológico de inspiração iscteana? Se ela não entender logo, insista:
Devemos agir, procurando saber já quem são os assaltantes, de onde virão, o que costumam fazer na vida e actuando em conformidade repressiva; ou deveremos antes, pormo-nos a pensar nas razões profundas desta actuação comum, reiterada e generalizada em certos meios, de atentados constantes aos direitos elementares das pessoas? Devemos agir de cor e de acordo com os livros da sociologia mais laxista e neo-liberal que assenta nos costumes mais relaxados; ou devemos entender isto como um problema grave que não vai lá com estudos sociológicos de compreensão dos fenómenos sociais das periferias?
Pense, Dr. Gago. Pense antes de perguntar mais alguma coisa. Porque o artigo que virá, será de grande profundidade, teoricamente tecida em citações de autores estrangeiros.
Sobre nós, a nossa sociedade, os nossos costumes, os nossos hábitos, o nosso urbanismo, educação, etc. etc, não vale a pena esperar grande coisa.
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4 comentários:

Anónimo disse...

Poderá o cidadão "normal" (não é esse o caso da senhora, por estar doente) esperar que da morte de um familiar de político atacado por cão de raça muito perigosa resulte a imediata substituição da prevenção pela via do seguro, adoptada para suavizar o impacto da morte de um cidadão de leste. É só uma questão de tempo, ainda que possa demorar 1000 anos. Até há um episódio da vida social, talvez fantasioso, que dá conta de uma lei que passou a proibir as fotos de frente aos automóveis em transgressão na estrada, porque uma pessoa "anormal" (refiro-me a um político) foi alegadamente fotografada com a amante ao lado. Possivelmente é apenas uma fantasia com barbas.

Tino disse...

Utilizando os argumentário cabalístico do irmão do Paulo P., a culpa de toda esta ladroagem são as más línguas que andam sistematicamente a atacar a reforma socratina das leis penais....

lusitânea disse...

O maio inimigo público são as leis manhosas que este gajo fizeram e já agora alguns deles que nasceram para derrubar...

OSCAR ALHINHOS disse...

Deus me perdoe, mas eu só tenho pena que não haja alguns políticos com filhos ou netinhos de 6 a 13 aninhos e os enrabem como fizeram ao garotos da Casa Pia....

Talvez aí, surgisse algum alteração legislativa e a sodomia fosse punida com a pena de morte....

Como dizia o outro, " pimenta no cú dos outros, para mim é refresco "

O Público activista e relapso