A história já tem mais de dez anos e por causa do licenciamento de um matadouro na Guarda, Abílio Curto, então presidente da autarquia, foi entalado num processo de corrupção. Negou sempre a culpabilidade, como é de bom tom, nestas coisas.
Ainda assim, Abílio Curto foi condenado em Maio de 1998, pelo tribunal da Guarda, pelos crimes de corrupção passiva e fraude na obtenção de subsídio, na pena de prisão efectiva de 5 anos e sete meses.
Abílio Curto era considerado então, o autarca modelo do PS, a "jóia da coroa" socialista nas autarquias. Fora detido em 1995 pela PJ. Em 2004, deu entrada na prisão. Em Dezembro de 2006 saiu, a meio da pena e ao fim de cerca de dois anos e meio na prisão. Saiu em liberdade condicional.
Cumpriu a pena- o que é raríssimo, em Portugal- porque se conformou com a mesma, não recorrendo ao tribunal Constitucional que provavelmente teria decidido...como ninguém pode saber.
O que se sabe, porém é que Abílio Curto logo que foi preso ( depois de esgotar os recursos ordinários, com excepção do do Constitucional), declarou ao Expresso: "o dinheiro foi todo para o PS". Alguém ligou?
Ligou, sim. Vital Moreira disse na altura por escrito que tal não seria verdade. Ele é que sabia...
Naquela entrevista ao Expresso na sua edição de 7.2.2004, na página 11, Abílio Curto defendia-se dizendo que "nunca recebi dinheiro em proveito próprio" e ainda que "Há pessoas do PS e do PSD envolvidas, que espero revelar um dia".
O envolvimento referia-se às então alegadas "motivações políticas pessoais e económicas em todo o processo, que visaram a minha destituição e o meu assassinato político". A vitimização do costume...
Aquele dia do ajuste de contas nunca chegou. Mas os dois anos e meio de prisão, ninguém lhos tirou. E não accionou o Estado a fim de reivindicar uma indemnização por danos sofridos.
Pelo silêncio, sobretudo. Aguentando a cabala do costume.
Ainda assim, Abílio Curto foi condenado em Maio de 1998, pelo tribunal da Guarda, pelos crimes de corrupção passiva e fraude na obtenção de subsídio, na pena de prisão efectiva de 5 anos e sete meses.
Abílio Curto era considerado então, o autarca modelo do PS, a "jóia da coroa" socialista nas autarquias. Fora detido em 1995 pela PJ. Em 2004, deu entrada na prisão. Em Dezembro de 2006 saiu, a meio da pena e ao fim de cerca de dois anos e meio na prisão. Saiu em liberdade condicional.
Cumpriu a pena- o que é raríssimo, em Portugal- porque se conformou com a mesma, não recorrendo ao tribunal Constitucional que provavelmente teria decidido...como ninguém pode saber.
O que se sabe, porém é que Abílio Curto logo que foi preso ( depois de esgotar os recursos ordinários, com excepção do do Constitucional), declarou ao Expresso: "o dinheiro foi todo para o PS". Alguém ligou?
Ligou, sim. Vital Moreira disse na altura por escrito que tal não seria verdade. Ele é que sabia...
Naquela entrevista ao Expresso na sua edição de 7.2.2004, na página 11, Abílio Curto defendia-se dizendo que "nunca recebi dinheiro em proveito próprio" e ainda que "Há pessoas do PS e do PSD envolvidas, que espero revelar um dia".
O envolvimento referia-se às então alegadas "motivações políticas pessoais e económicas em todo o processo, que visaram a minha destituição e o meu assassinato político". A vitimização do costume...
Aquele dia do ajuste de contas nunca chegou. Mas os dois anos e meio de prisão, ninguém lhos tirou. E não accionou o Estado a fim de reivindicar uma indemnização por danos sofridos.
Pelo silêncio, sobretudo. Aguentando a cabala do costume.
14 comentários:
José,
Um tiro certeiro no porta-aviões... o meu amigo tem um arquivo muito completo e organizado, não lhe escapa nada.
Esta história faz-me lembrar outra personagem, Rui Mateus que sempre (tanto quanto me recordo...)disse que também estava ao "serviço" do PS. Até escreveu um livro ... "Contos Proibidos - Memórias de um PS Desconhecido" (Título muito engraçado e actual, não acha ?)
Pois, como já tinha afirmado num comentário anterior, esse livro encontra-se esgotado e nunca mais irá ser reeditado (Quem se mete com o PS ....)
Possuo uma versão em formato PDF, se alguém tiver interesse posso disponibilizar o link para download.
Também tenho esse...e ainda a entrevista de Rodrigues Maximiano, já falecido e a resposta de Rui Mateus, a indicar-lhe ponto por ponto a investigação que não foi feita.
Quando o livro saiu, Maximiano disse que o leu e que pouco tinha de interessante e nada de novo.
Curioso, não é?
O falecido Maximiano das gravatas deixou viúva quem?
José,o que aconteceria se fosse provado que um destes esquemas de apropriação indevida de dinheiros fosse para favorecimento de um partido político?
venha lá esse link.
António
Aconteceria o que aconteceu na Itália: acabava a III República, porque o PS desfazia-se. Esteve quase para acontecer, no caso Casa Pia. Por isso é que se uniram em torno do "herói".
Mas uma dia destes vai acontecer porque a podridão já cheira demasiado mal.
Caro José:
Eu tb tenho o tal Livro de Rui Mateus em PDF.... mas falta-me a entrevista do Max e a resposta de Rui Mateus.
E, confesso, tinha todo o interesse em obter esses elementos.
Será que me pode indicar onde os arranjar?
Entretanto, pode ir lendo este aperitivo
António:
Pode fazer download do livro a partir daqui:
http://rapidshare.com/files/189656217/Livro_Contos_Proibidos.pdf
Tem quase 50 Mb, espero que esteja familiarizado com o Rapidshare, deve escolher a opção FREE, esperar os segundos que eles indicam e quando o tempo terminar, fazer o download.
Os elementos estão publicados na revista Focus e no jornal Independentem salvo o erro.~~
Um dia destes ponho-os aqui, para se ler.
obrigado
vou ler e confirmar a minha curiosidade.
mais tarde comento,,,,,
Brigada Colmeal
Já tenho:-)
E o Livro do Óscar Cardoso, em que disse que a secreta britânica é do piorio, anda por aí?
É que eu comprei os dois, mas como fui corrida de minha casa estão a apodrecer num armazém.
Que dor de alma :-(
Karocha,
Esse eu não tenho.
Pode ser que apareça por aí... se me chegar ás mãos eu coloco o link.
Brigada Colmeal
Comprei o último.
Vale a pena ler.
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