sexta-feira, março 09, 2012

O maior CEO...

Correio da Manhã:


O Ministério Público junto do Tribunal Constitucional (TC) tem em curso uma fiscalização aos rendimentos obtidos por José Sócrates enquanto foi primeiro-ministro, entre 2005 e 2011.

Como chefe do Governo, José Sócrates ganhou mais de 600 mil euros, mas nunca declarou ao TC poupanças nem contas bancárias à ordem com saldo superior a 24 250 euros, como obriga a Lei 4/83, relativa ao controlo da riqueza dos políticos.

A viver em Paris desde Setembro, sem qualquer actividade remunerada conhecida, Sócrates, que também não pediu a subvenção vitalícia a que tem direito, estará a viver de poupanças. Agora, poderá ter de fornecer ao Ministério Público, no âmbito dessa fiscalização, as contas à ordem com saldo superior a 24 250 euros, equivalente a 50 salários mínimos.

O controlo dos rendimentos de Sócrates, assim como dos restantes governantes, insere-se no combate à corrupção, através das leis 19/2008 e 4/83. Por essa via, pretende-se comparar o rendimento declarado quando iniciou as funções de primeiro-ministro, em 2005, com o ganho apresentado após a saída do cargo, em 2011.


José Sócrates será provavelmente o maior CEO de todos os avaliados em funções. E de longe. Sem rendimentos conhecidos é capaz de viver numa cidade como Paris, em área de referência citadina, em apartamento presumivelmente luxuoso, eventualmente assistindo a aulas em estabelecimento de ensino com propinas altíssimas, em curso indeterminado, frequendando restaurantes a condizer, pagando refeições colectivas a conhecidos notáveis, viajando para lá e para cá com a facilidade de quem vive em riqueza que contrasta com o estado em que deixou o país.
Ainda mais notável é que nenhuma das estações de tv e nomeadamente os serviços informativos se interessou em saber mais pormenores sobre a vida de um emigrado em Paris que tem pedido insistentemente que "não se esqueçam dele porque ele também não se esquecerá."

Pode estar certo, José Sócrates: nós por cá todos bem e não nos esquecemos da sua figura inenarrável como governante. Pode acreditar que será bem lembrado sempre que for preciso. E tem-no sido, recentemente, em audiências de tribunais e sempre pelos mesmos motivos: a gestão de dinheiros públicos e outras minudências milionárias.

5 comentários:

Anónimo disse...

Isto é criminoso e mostra o total desprezo que esse senhor tem por tudo e por todos:

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/cavaco-falta-de-lealdade-institucional-ficara-na-historia

Mas não faz parte do catálogo de certos operadores da nossa justiça. Já se fosse uma empresa dolosamente levada à falência...

Mani Pulite disse...

Ora,Ora,Elementary,my dear Joseph.O rapaz é muito poupado.Enquanto primeiro-ministro não gastou nada.Nikles.Muitas vezes o vi nas traseiras do Bijan da Rodeo dv.à cata dos fatos e cuecas deitados para o lixo por terem defeito.Ou altas horas da noite esperando o encerramento do Gambrinus para levar umas sobras para casa antes de passarem os carros do lixo que iam transportar tudo para a lixeira da Cova da Beira.Pregou também calotes a toda a gente,EDP,EPAL incluídas.Nem o condomínio pagava sempre dizendo que as dívidas não são para pagar mas para gerir.Como nunca acreditou na solidez da banca nacional ou internacional os 600000 foram depositados no colchão da mamã.Não tem depósitos bancários.Só tem de vir frequentemente a Lisboa fazer levantamentos no colchão.Numa cidade cara como Paris os 600000 dão para 1 ano PO,Marmelos e bicicleta incluídos.Daqui a 1 ano contados a partir do Outono de 2011 está de regresso triunfal a Lisboa e retoma o seu modo de vida habitual.Capisce?

josé disse...

Talvez por isso insista em que não se esqueçam dele...

Floribundus disse...

'a luta continua'
segundo o Sol o PR não o poupou

Luis disse...

Ele deve ter partido ao assalto com uma mala de cartão ... cheia de dinheiro vivo. Não seria o primeiro a ser apanhado com mala ou saco de ginástica com dinheiro. Mas estou sentado para ver o primeiro a ser verdadeiramente responsabilizado por isso e a ter de o justificar.

A obscenidade do jornalismo televisivo