Fizeram contas e apuraram que com menos de 15 mil euros por mês, José Sócrates não se safa. As despesas são muitas: a casa, se for arrendada ( os caçadores de prémi... perdão, os repórteres, não sabem mas dizem que arrendou) não ficará por menos de 7 mil euros por mês, mais do que o que ganhava por cá como PM; as propinas para andar a fazer que estuda na Sciences Po ficam-lhe caras, por mais de mil euros por mês; os almoços e jantares, nos restaurantes chiques, levam uma pipa de massa que não se sabe de onde vem porque José Sócrates vende cabritos sem se lhe conhecerem as cabras. Isso é o que diz o jornal e os caçadores de prémi...perdão, repórteres.
De resto, uma reportagem destas acaba por desvalorizar o prémio verdadeiro: apanhar José Sócrates. Não apanharam e vão apenas apanhar uma molhada de malhadinhas apaniguados que irão desvalorizar o resultado e invectivar o jornal por não deixarem o indivíduo " em paz". Às tantas ainda aparece o próprio a jurar que só veste surrobeco e come do que lhe dão.
Há coisas que só se publicam quando são certas, indesmentíveis e com valor de prova.
Se querem mesmo tal coisa, vão saber quem lhe arrendou o apartamento. Com que dinheiro paga as contas e como poupou tanto em tão pouco tempo que ninguém deu por nada.
ADITAMENTO em 17.3.2012: os filhos da mãe.
Como era previsível já saltaram para os media, os malhadinhas do costume para proteger as costas ao antigo protector.
No i de hoje, Renato Sampaio, um socialista tipo bardo assegura que "toda a gente sabe que ele tem uma fortuna pessoal que vem da mãe." Toda a gente sabe?! Nem toda gente sabe nem ninguém gosta de passar por parvo e o tal Sampaio é isso que quer fazer-nos.
Além disso, as despesas que José Sócrates faz em Paris "são do foro pessoal". Claro que são, como o são todas as depesas que alguém faça em proveito próprio com dinheiro que lhe não pertença legitimamente. As dúvidas sobre essa legitimidade adensam-se sempre que algumas testemunhas falam em audiências de julgamento que decorrem. São dúvidas que nunca foram afastadas e poderiam sê-lo muito facilmente: para evitar calúnias e "baixezas" e insinuações desse jaez, José Sócrates há muito, há vários anos que deveria ter mostrado claramente como adquiriu o que tinha. Onde ganhou o dinheiro para comprar numa dúzia de anos o apartamento em Lisboa. Como é que a mãe comprou o de cima ( não vale a história das offshores porque é exactamente isso que está muito mal explicado) e por exemplo quem pagou a conta no bijan, em Los Angeles. Eu por mim ficaria satisfeito com essa explicação particular e verdadeira: basta que José Sócrates diga como pagou essa conta, com verdade insofimsável. E como é que conseguiu pôr lá o nome como "prime-minister of Portugal".
Com o esclarecimento cabal dessas dúvidas para além do que seria razoável, a integridade moral de José Sócrates ficaria plenamente restabelecida, o próprio ganharia com tal efeito uma legitimidade inusitada e calaria para todo o sempre a maledicência porque só os avariados mentais ficariam a remoer. Assim resta uma pergunta: porque é que José Sócrates não o fez e não o faz, continuando a esconder tudo da sua vida pessoal como se fosse perigoso que alguém soubesse algo mais do que o próprio gostaria que se soubesse? A legitimidade para se saber também é evidente: uma figura pública da política activa que mandou no país em meia dúzia de anos como nunca antes dele alguém mandara ( tirando Salazar), legitima essas e outras perguntas e ainda o apuramento de outro tipo de responsabilidades. O exercício do poder política implica mesmo esse tipo de responsabilidades pelo que não é nada despiciente que se continue a querer saber o que aconteceu e portanto não é nenhuma perseguição o que lhe estão a fazer. É apenas o exercício normal do direito do povo, numa democracia ocidental, a querer saber. Olhem para França e para a Inglaterra e pensem apenas um segundo como seria por lá...
De resto, o antigo apaniguado ainda tem o topete e a desfaçatez de declarar que José Sócrates "vive dos seus rendimentos e de forma contida".
É preciso ter lata!
Cito uma estrofe de José Afonso:
"A bucha é dura
mais dura é a razão
que a sustém
Só nesta rusga
não há lugar
pr´ós filhos da mãe."