quinta-feira, março 29, 2012

Assis caça fantasmas e juízes ignotos

"Um fantasma paira sobre a vida política portuguesa- chama-se José Sócrates. A imprensa tablóide persegue-o e calunia-o, o principal partido do Governo convoca-o e difama-o, o presidente da República ataca-o com uma ausência de subtileza imprópria das funções que exerce, um grupo de ignotos juízes desprovidos do mais elementar sentido de Estado vitupera-o e o próprio PS revela algumas dificuldades em lidar com a sua memória política recente."

Estes são os primeiros parágrafos da prosa de Francisco Assis no Público de hoje. E tem uma tese subjacente: "atacando José Sócrates, pretende-se condicionar António José Seguro. Essa tentativa é, aliás muito perigosa." O perigo reside na deslegitimação de um discurso político oposicionista. Ou seja, no perigo de o PS ficar relegado para o poder após as calendas gregas. Daqui a muitos anos. Isso é que será dramático para quem vive da política e nada mais saber fazer para além disso. Percebe-se por isso mesmo a dimensão do perigo e a natureza do branqueamento em curso.

Assis poderia estar agora no lugar de Seguro e o discurso seria outro. Quer dizer o mesmo de Seguro, sem sombra de perigo real a não ser do regresso do emigrado. Assis é um político de circunstâncias. Quem o vê na tv, como cantavam os antigos Taxi, sofre mais que no wc.
Assis, em política é um alucinado, distraído da inteligência comum. Realmente virtual nesse papel, é um político de conveniências, capaz de contaminar o ambiente com o vírus da correcção mais actualizado. Quando levou no cachaço em Felgueiras colectou créditos políticos que o conduziram para além da câmara de Amarante. Deixou de ser ignoto.
A defesa à outrance ( o francesismo vem de Paris) do emigrado ( que recomenda sempre que não se esqueçam dele que ele também não se esquecerá) é mais do mesmo fenómeno embutido naturalmente no peito de Assis, pelos anos de politiquice na realidade virtual das concelhias, autarquias, mordomias e partidarias.
Talvez seja essa a única razão para considerar os associados da ASJP " juízes ignotos", num epíteto resultante da elevada craveira de educação que Assis enforma. Aos juízes ignotos contrapõem-se os deputados vistosos que palram nos media sempre que o poder os aconselha.
Quanto ao fantasma que Assis pretende caçar é ainda mais digno de fita cinematográfica. Para Assis, o emigrado de Paris é figura de referência. A licenciatura na Independente, alvo da "imprensa tablóide", é um paradigma académico a seguir por todos os interessados. Os casos judiciais, profusamente relatados na mesma "imprensa tablóide" (que não conseguiram exterminar embora o tentassem arduamente), sendo graves e sérios, testemunhados em audiências por respeitadas testemunhas, perante os "juízes ignotos", são afinal cabalas tecidas por caluniadores e vituperadores profissionais.
É tudo uma cambada de ignotos para o Assis caça-fantasmas.
Perante tamanha exposição a realidades virtuais, será a inteligência de Assis real?

6 comentários:

Floribundus disse...

Amigo José
queria apenas lembrar-lhe Agostinho de Hipona na Cidade
«onde não há justiça, existem apenas bandos de ladrões»

sabe bisso melhor que eu

Anónimo disse...

O PS está completamente tarado por José Sócrates. Aquilo já nem é um partido político, mais parecendo uma seita. Ainda não perceberam que estão presos numa teia de aranha feita e mantida por eles próprios. É tão mau, tão triste e tão profundo o problema do PS, que já não aparece ninguém novo, senão os que surgem para se juntar ao mesmo género. É o cúmulo da idiotice.

Anónimo disse...

Pelas palavras de Assis, deve estar para acontecer alguma coisa nas próximas horas.

Anónimo disse...

O dia de hoje promete: "O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, recorreu ontem a vários processos mediáticos de Portugal e de outros países, procurando demonstrar que a Justiça «não está famosa em parte nenhuma do mundo»."

Et voilà.

Neo disse...

Não está,não.
Até eu,já não me sinto nada bem.
Até onde chegará esta farsa,é difícil prever.

Mani Pulite disse...

Esta ignota,incapaz e ignorante inutilidade recorre ao infecto pasquim que nem nas retretes públicas do regime consegue ter qualquer utilidade, para se aliviar.Já quis suceder a um Pinto.Este deve ser o acto de candidatura à sucessão do outro Pinto.O perfil é perfeito.

O Público activista e relapso