"Um fantasma paira sobre a vida política portuguesa- chama-se José Sócrates. A imprensa tablóide persegue-o e calunia-o, o principal partido do Governo convoca-o e difama-o, o presidente da República ataca-o com uma ausência de subtileza imprópria das funções que exerce, um grupo de ignotos juízes desprovidos do mais elementar sentido de Estado vitupera-o e o próprio PS revela algumas dificuldades em lidar com a sua memória política recente."
Estes são os primeiros parágrafos da prosa de Francisco Assis no Público de hoje. E tem uma tese subjacente: "atacando José Sócrates, pretende-se condicionar António José Seguro. Essa tentativa é, aliás muito perigosa." O perigo reside na deslegitimação de um discurso político oposicionista. Ou seja, no perigo de o PS ficar relegado para o poder após as calendas gregas. Daqui a muitos anos. Isso é que será dramático para quem vive da política e nada mais saber fazer para além disso. Percebe-se por isso mesmo a dimensão do perigo e a natureza do branqueamento em curso.
Assis poderia estar agora no lugar de Seguro e o discurso seria outro. Quer dizer o mesmo de Seguro, sem sombra de perigo real a não ser do regresso do emigrado. Assis é um político de circunstâncias. Quem o vê na tv, como cantavam os antigos Taxi, sofre mais que no wc.
Assis, em política é um alucinado, distraído da inteligência comum. Realmente virtual nesse papel, é um político de conveniências, capaz de contaminar o ambiente com o vírus da correcção mais actualizado. Quando levou no cachaço em Felgueiras colectou créditos políticos que o conduziram para além da câmara de Amarante. Deixou de ser ignoto.
A defesa à outrance ( o francesismo vem de Paris) do emigrado ( que recomenda sempre que não se esqueçam dele que ele também não se esquecerá) é mais do mesmo fenómeno embutido naturalmente no peito de Assis, pelos anos de politiquice na realidade virtual das concelhias, autarquias, mordomias e partidarias.
Talvez seja essa a única razão para considerar os associados da ASJP " juízes ignotos", num epíteto resultante da elevada craveira de educação que Assis enforma. Aos juízes ignotos contrapõem-se os deputados vistosos que palram nos media sempre que o poder os aconselha.
Quanto ao fantasma que Assis pretende caçar é ainda mais digno de fita cinematográfica. Para Assis, o emigrado de Paris é figura de referência. A licenciatura na Independente, alvo da "imprensa tablóide", é um paradigma académico a seguir por todos os interessados. Os casos judiciais, profusamente relatados na mesma "imprensa tablóide" (que não conseguiram exterminar embora o tentassem arduamente), sendo graves e sérios, testemunhados em audiências por respeitadas testemunhas, perante os "juízes ignotos", são afinal cabalas tecidas por caluniadores e vituperadores profissionais.
É tudo uma cambada de ignotos para o Assis caça-fantasmas.
Perante tamanha exposição a realidades virtuais, será a inteligência de Assis real?
6 comentários:
Amigo José
queria apenas lembrar-lhe Agostinho de Hipona na Cidade
«onde não há justiça, existem apenas bandos de ladrões»
sabe bisso melhor que eu
O PS está completamente tarado por José Sócrates. Aquilo já nem é um partido político, mais parecendo uma seita. Ainda não perceberam que estão presos numa teia de aranha feita e mantida por eles próprios. É tão mau, tão triste e tão profundo o problema do PS, que já não aparece ninguém novo, senão os que surgem para se juntar ao mesmo género. É o cúmulo da idiotice.
Pelas palavras de Assis, deve estar para acontecer alguma coisa nas próximas horas.
O dia de hoje promete: "O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, recorreu ontem a vários processos mediáticos de Portugal e de outros países, procurando demonstrar que a Justiça «não está famosa em parte nenhuma do mundo»."
Et voilà.
Não está,não.
Até eu,já não me sinto nada bem.
Até onde chegará esta farsa,é difícil prever.
Esta ignota,incapaz e ignorante inutilidade recorre ao infecto pasquim que nem nas retretes públicas do regime consegue ter qualquer utilidade, para se aliviar.Já quis suceder a um Pinto.Este deve ser o acto de candidatura à sucessão do outro Pinto.O perfil é perfeito.
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