quinta-feira, março 08, 2012

Os negócios do nosso Estado

Mensagem electrónica recebida. Vai conforme consta:

NO CASO LUSOPONTE OS POLÍTICOS NÃO ESTÃO A DISCUTIR O MAIS IMPORTANTE

DADOS OFICIAIS E JÁ PUBLICADOS

Custos da P. V. Gama em 1998 em euros. Em percentagem:
Fundo de Coesão da U.E.- 319.000.000,00- 35,6%
BEI- 299.000.000,00-33,3%
Portagens da 25 Abril- 50.000.000,00-5,6%
accionistas, etc- 229.000.000,00-25,5%
Custo Total da P. V.Gama = 897.000.000,00

Tendo em conta que os fundos da UE atingiram 319 milhões e outras receitas a quantia paga pela Lusoponte foi:

Custo total de 897 milhões - (319 milhões + 50 milhões) = Ou seja o custo real, em 1998, foi pouco superior a 500 milhões

Em 2010, num só ano, as receitas das portagens na (Ponte 25 de Abril + Ponte Vasco da Gama) atingiram quase 75 milhões de euros

O contrato vai durar 30 anos

SOBRE O CONTRATO DA LUSOPONTE

MAIOR ERRO FOI:

Mais grave foi o facto do contrato que o Estado Português assinou com a Lusoponte para a construção da Ponte Vasco da Gama, ter dado àquela empresa o direito de opção para a construção das novas travessias rodoviárias, entre Vila Franca de Xira e Algés-Trafaria, durante as próximas décadas. Tal acordo deixou o Estado português dependente, através de um contrato com uma empresa privada e, por esta razão, se a nova Ponte Chelas-Barreiro for rodoviária, o Governo terá que negociar prováveis indemnizações com a concessionária que ficou com o monopólio das travessias rodoviárias.
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Os utentes da Ponte 25 de Abril revoltaram-se contra o aumento das portagens porque se recusaram a pagar uma nova ponte que nem sequer utilizam.

Quem assinou o contrato não defendeu os interesses de Portugal.

O OUTRO ERRO FOI A CONCESSÃO

O contrato da Ponte Vasco da Gama foi assinado em 1995, tendo o seu custo atingido um total de 897 milhões de Euros. Os fundos comunitários representaram cerca de 35% deste valor. Os comentários do Tribunal de Contas, relativamente ao financiamento desta ponte, foram os seguintes: “Só pelo facto do Estado ter prolongado a concessão 7 anos as perdas foram superiores a 1047 milhões de euros”.

Quem fizer as contas chegará à conclusão de que a infra-estrutura irá custar, no total, quase o triplo do custo original. Teria sido muito mais eficaz o Estado pagar a totalidade da obra através de um empréstimo e a amortização seria feita pelas portagens.

CONCLUSÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS

"Na verdade, afinal, o Estado concedente tornou-se no mais importante e decisivo financiador da concessão, sem a explorar."
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VER RELATÓRIO DO TRIBUNAL DE CONTAS

Perante estes números e factos uma coisa é certa: os media tradicionais têm muita dificuldade em passar estes assuntos. Tirando a TVI ( Carlos Enes) ninguém pega no assunto. É como se não existisse. Saber quem foram as pessoas concretas que negociaram, onde estão, o que têm de seu e como fizeram carreiras, "agora não interessa nada".
Anas lourenços e companhia não querem saber disto. Porquê?
Ora porquê...se não sabem, por que perguntam?

Questuber! Mais um escândalo!