sábado, maio 21, 2011

É assim que se noticia

Depois do debate de ontem, entre o actual primeiro-ministro e o principal candidato da oposição, um debate crucial que todos os media anunciaram como tal, qual foi a reacção dos directores dos jornais portugueses com maior audiência? Esta ( clicar para ver melhor):

Para quem viu o debate, não é preciso ser muito isento para concluir que Passos Coelho ganhou por larga margem e em todos os domínios, até na imagem televisiva que pode sempre ser mais subjectiva do que outras. Pois bem. Os principais jornais de hoje, hesitam entre uma isenção completa do Correio da Manhã e a entrega do troféu a Passos Coelho, pelo i, com um Jornal de Notícias notoriamente comprometido com a vitória situacionista que consegue vislumbra confiança em José S. e hesitação em Passos Coelho, numa completa inversão do que foi o debate. O DN acha na primeira página que o debate foi "equilibrado" mas que deu "ânimo" a Passos Coelho, o que denota uma interpretação clara no sentido de reconhecer a derrota de José S. sem o escrever explicitamente. Uma marcelinada típica.O Público destaca a troca de acusações entre ambos, como se isso não fosse o habitual neste tipo de debates, escusando qualquer referência à vitória de Passos.

No jornalismo português estamos assim: sempre que as notícias interessam menos a quem redige e dirige, tergiversam. A objectividade do jornalismo português é quase sempre jacobina e de esquerda. Se o vento lhes soprar de feição, perdem toda a veleidade de isenção. Se lhes for contra a ideologia marcada a ferrete, tornam-se ausentes. Vivem num estado de alucinação tranquilo, de há decénios a esta parte.

Questuber! Mais um escândalo!