José S. no comício de hoje em Castelo Branco aprontou o guião e disparou para a audiência televisiva:
"Eles querem é que haja uma educação para pobres e uma educação para ricos"!
"Eles" são a oposição e Passos Coelho que é visado como líder. O que José S. não disse a seguir era que tinha os dois filhos em escolas privadas de "ricos": o colégio Moderno e o Alemão. Podia dizer também que Passos Coelho tem as filhas em escolas públicas. De pobres.
Não obstante, a mensagem que passa é simples: "Eles" são os "maus"; nós, os "bons". E a eficácia do discurso funciona assim, deste modo simplista, porque a relativa ignorância do eleitorado que vota PS assim prefere ouvir.
É com este discurso que se mantém os votos PS que não tendem a diminuir com o tempo, precisamente porque a "narrativa" tem sido constante e simplificada: a Esquerda é que protege os trabalhadores e o PS é de Esquerda. Simples e eficaz.
Hoje no Público ( voltei a recair), Vasco Pulido Valente acha que o debate entre José S. e Passos Coelho "foi confrangedor", porque "não esclareceu ninguém e nem sequer tratou dos problemas que mais preocupam os portugueses". Diz que "mal se falou de economia e não se falou a sério de impostos, de rendimentos, de justiça, de educação e de saúde".
Como se um debate deste género permitisse discutir seriamente e com suficiente compreensão tais temas! É espantoso que um cínico como VPV seja ingénuo ao ponto de pretender que se discutissem tais coisas num debate em que se procura apenas ganhar aos pontos nos argumentos usados, seja de que modo for e se procure apenas passar a imagem de que o debate foi ganho por este ou aquele. Estes debates são apenas para o boneco.
Quem quiser perceber qualquer coisa sobre justiça, educação, saúde ou impostos tem mesmo que estudar e saber muitas coisas sobre os assuntos.
E a maioria dos portugueses sabem quase nada de nada. O analfabetismo funcional é porventura maior do que há 40 anos. E não me parece exagero.
"Eles querem é que haja uma educação para pobres e uma educação para ricos"!
"Eles" são a oposição e Passos Coelho que é visado como líder. O que José S. não disse a seguir era que tinha os dois filhos em escolas privadas de "ricos": o colégio Moderno e o Alemão. Podia dizer também que Passos Coelho tem as filhas em escolas públicas. De pobres.
Não obstante, a mensagem que passa é simples: "Eles" são os "maus"; nós, os "bons". E a eficácia do discurso funciona assim, deste modo simplista, porque a relativa ignorância do eleitorado que vota PS assim prefere ouvir.
É com este discurso que se mantém os votos PS que não tendem a diminuir com o tempo, precisamente porque a "narrativa" tem sido constante e simplificada: a Esquerda é que protege os trabalhadores e o PS é de Esquerda. Simples e eficaz.
Hoje no Público ( voltei a recair), Vasco Pulido Valente acha que o debate entre José S. e Passos Coelho "foi confrangedor", porque "não esclareceu ninguém e nem sequer tratou dos problemas que mais preocupam os portugueses". Diz que "mal se falou de economia e não se falou a sério de impostos, de rendimentos, de justiça, de educação e de saúde".
Como se um debate deste género permitisse discutir seriamente e com suficiente compreensão tais temas! É espantoso que um cínico como VPV seja ingénuo ao ponto de pretender que se discutissem tais coisas num debate em que se procura apenas ganhar aos pontos nos argumentos usados, seja de que modo for e se procure apenas passar a imagem de que o debate foi ganho por este ou aquele. Estes debates são apenas para o boneco.
Quem quiser perceber qualquer coisa sobre justiça, educação, saúde ou impostos tem mesmo que estudar e saber muitas coisas sobre os assuntos.
E a maioria dos portugueses sabem quase nada de nada. O analfabetismo funcional é porventura maior do que há 40 anos. E não me parece exagero.