Segundo sondagens hoje conhecidas o PS aproxima-se do PSD nas intenções de voto e talvez mesmo o ultrapasse na recta final das cruzinhas no boletim.
As razões profundas e verdadeiras para tal fenómeno não são inteiramente conhecidas por ninguém. Seria preciso perguntar a cada um dos votantes PS ou na Esquerda típica a razão porque não confiam nos partidos que lhes estão mais à direita. E mesmo assim, haveria equívocos porque as respostas não seriam esclarecedoras.
Nenhum sociólogo das tretas no ISCTE ou no CES de Coimbra conseguirá entender e explicar com segurança e verdade todas as razões dos votos neste ou naquele partido porque há razões que a razão desconhece e essas ainda entendem menos.
Mas pode haver aproximações explicativas. A minha é esta:
O PSD é um partido social-democrata cujo programa político-económico em nada se distingue, no essencial, do do PS actual. Então por que razão não se vota no PSD ou mesmo no CDS, escolhendo outros protagonistas para o governo em vez das estafadas figuras que estão e querem continuar com o projecto que deu tão belos resultados? Mistério acrescido. E que se pode explicar de uma maneira simples e com anos de prática empírica:
O PSD nestes últimos anos tem passado uma imagem que sendo falsa tem sido aproveitada subrepticiamente pelos informadores dos media: é um partido de liberais, "de direita", daqueles que irão despedir na função pública, privatizar a eito, entregar "isto" aos ricos. Como se os ricos não estivessem logo logo com quem ganha a seguir. Ricardo Salgado que o diga.
O PSD nunca foi um partido que entrasse abertamente no eleitorado de Esquerda típica porque sempre foi denunciado pela mesma como um "partido de direita", o que faz imenso jeito à Esquerda que alimenta esse embuste há dezenas de anos. Et pour cause. As poucas vezes em que tal conseguiu, timidamente, foi com propostas social-democratas e nunca liberais.
Colocado perante uma escolha entre a fome e a peste, o eleitorado português parece disposto a escolher a fome do PS por lhe parecer que o PSD é a peste.
Tem sido essa a propaganda consistente dos últimos anos e o próprio PSD tem contribuído com largas medidas para que o eleitorado o veja como a peste do regime que está.
Qualquer pessoa da rua está convencida que o PSD não fará melhor que o PS e que este fez o melhor que podia e até podia ser pior do que é...e tal ideia tem sido propagandeada abertamente através de todos os Prós & Contras, noticiários da RTP e agora da TVI e dos jornais afectos que são quase todos, mais a TSF que passa tudo o que se passa neste contexto, com ou sem balda(ia)s.
E tal ideia básica, subliminar primeiro e sedimentada agora, vai ser muito difícil de desmontar. Para isso seria preciso entendê-la e depois ter o génio para a denunciar como um embuste. E não parece que este Passos Coelho seja capaz. Talvez o Rangel o fosse porque denota outra capacidade que anda muito desaproveitada.
As razões profundas e verdadeiras para tal fenómeno não são inteiramente conhecidas por ninguém. Seria preciso perguntar a cada um dos votantes PS ou na Esquerda típica a razão porque não confiam nos partidos que lhes estão mais à direita. E mesmo assim, haveria equívocos porque as respostas não seriam esclarecedoras.
Nenhum sociólogo das tretas no ISCTE ou no CES de Coimbra conseguirá entender e explicar com segurança e verdade todas as razões dos votos neste ou naquele partido porque há razões que a razão desconhece e essas ainda entendem menos.
Mas pode haver aproximações explicativas. A minha é esta:
O PSD é um partido social-democrata cujo programa político-económico em nada se distingue, no essencial, do do PS actual. Então por que razão não se vota no PSD ou mesmo no CDS, escolhendo outros protagonistas para o governo em vez das estafadas figuras que estão e querem continuar com o projecto que deu tão belos resultados? Mistério acrescido. E que se pode explicar de uma maneira simples e com anos de prática empírica:
O PSD nestes últimos anos tem passado uma imagem que sendo falsa tem sido aproveitada subrepticiamente pelos informadores dos media: é um partido de liberais, "de direita", daqueles que irão despedir na função pública, privatizar a eito, entregar "isto" aos ricos. Como se os ricos não estivessem logo logo com quem ganha a seguir. Ricardo Salgado que o diga.
O PSD nunca foi um partido que entrasse abertamente no eleitorado de Esquerda típica porque sempre foi denunciado pela mesma como um "partido de direita", o que faz imenso jeito à Esquerda que alimenta esse embuste há dezenas de anos. Et pour cause. As poucas vezes em que tal conseguiu, timidamente, foi com propostas social-democratas e nunca liberais.
Colocado perante uma escolha entre a fome e a peste, o eleitorado português parece disposto a escolher a fome do PS por lhe parecer que o PSD é a peste.
Tem sido essa a propaganda consistente dos últimos anos e o próprio PSD tem contribuído com largas medidas para que o eleitorado o veja como a peste do regime que está.
Qualquer pessoa da rua está convencida que o PSD não fará melhor que o PS e que este fez o melhor que podia e até podia ser pior do que é...e tal ideia tem sido propagandeada abertamente através de todos os Prós & Contras, noticiários da RTP e agora da TVI e dos jornais afectos que são quase todos, mais a TSF que passa tudo o que se passa neste contexto, com ou sem balda(ia)s.
E tal ideia básica, subliminar primeiro e sedimentada agora, vai ser muito difícil de desmontar. Para isso seria preciso entendê-la e depois ter o génio para a denunciar como um embuste. E não parece que este Passos Coelho seja capaz. Talvez o Rangel o fosse porque denota outra capacidade que anda muito desaproveitada.